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AMÉRICA LATINA
Venezuela promete "libertar" Bolívia de "imperialismo ianque"
DA REDAÇÃO
Uma fita em que o ministro venezuelano de Energia e
Petróleo, Rafael Ramírez,
promete "libertar" a Bolívia
do "imperialismo" americano criou polêmica no país caribenho. "Vamos lutar com
todas as nossas ferramentas
junto com Evo Morales pelo
futuro da Bolívia."
Na gravação, que foi feita
secretamente e divulgada
anteontem, Ramírez disse
que o governo boliviano está
enfrentando a mesma pressão que "aplicaram" ao presidente Hugo Chávez no final
de 2001 e em todo ano de
2002. "A mesma subversão
interna, as mesmas elites,
que lá são terríveis porque
desprezam os índios, e agora
o imperialismo e seus cachorros estão chamando de
fundamentalismo andino."
De acordo com o ministro,
nos anos de 2001 e 2002, o
governo Chávez teve que escolher entre colocar a indústria de petróleo e gás "a serviço do imperialismo ianque
ou a serviço do nosso povo".
Para José Aruquipa, dirigente do partido de oposição
Podemos, as declarações de
Ramírez são "revoltantes" e
"um atentado contra a soberania" boliviana.
Já Jorge Lazarte, do também opositor Unidade Nacional, disse que o "problema" é que a "Venezuela e os
seus governantes entendem
que são uma espécie de tutores da Bolívia".
O presidente Hugo Chávez
criticou as manifestações da
oposição e defendeu as declarações realizadas pelo seu
ministro.
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