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Governo avalia que pior da crise passou, mas diz manter cuidado
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo voltou a avaliar
ontem que o pior da crise financeira já passou e que conseguiu
adotar a tempo medidas para
impedir que houvesse grandes
impactos no Brasil. Lula elogiou a atuação da equipe econômica que conseguiu "segurar o
tranco" e evitar que a economia
real se contaminasse com a deterioração do sistema financeiro internacional.
"O momento mais agudo,
avaliamos que já passou. Claro
que não podemos dizer que o
governo está tranqüilo porque
seria desdém com esse momento grave que o mundo todo
atravessa", disse o ministro José Múcio Monteiro (Relações
Institucionais).
O presidente reuniu a coordenação política, após ouvir do
ministro Guido Mantega (Fazenda) que o governo tem motivos para comemorar, porque
fez boa gestão da crise.
Segundo Lula, as medidas
adotadas conseguiram eliminar a contaminação da economia real. A coordenação política avaliou ainda que a elevação
do dólar, mesmo que em alguns
momentos muito brusca, não
fugiu do controle.
Apesar de comemorar, Lula
mantém conversas diárias com
Mantega e com o presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles. Na quinta-feira, a crise
será tema da reunião do CDES
(Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão), integrado por ministros, empresários e trabalhadores. Cada setor fará um relato
de como está se comportando
em razão da crise e se sente, na
prática, efeitos negativos e da
intervenção do governo.
Obras do PAC
Antes de reunir a coordenação política, Lula disse no seu
programa semanal de rádio
"Café com o Presidente", que é
questão de honra manter as
obras do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento),
repetindo que não vai suspender os investimentos.
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