São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2008

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Governo avalia que pior da crise passou, mas diz manter cuidado

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo voltou a avaliar ontem que o pior da crise financeira já passou e que conseguiu adotar a tempo medidas para impedir que houvesse grandes impactos no Brasil. Lula elogiou a atuação da equipe econômica que conseguiu "segurar o tranco" e evitar que a economia real se contaminasse com a deterioração do sistema financeiro internacional.
"O momento mais agudo, avaliamos que já passou. Claro que não podemos dizer que o governo está tranqüilo porque seria desdém com esse momento grave que o mundo todo atravessa", disse o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais).
O presidente reuniu a coordenação política, após ouvir do ministro Guido Mantega (Fazenda) que o governo tem motivos para comemorar, porque fez boa gestão da crise.
Segundo Lula, as medidas adotadas conseguiram eliminar a contaminação da economia real. A coordenação política avaliou ainda que a elevação do dólar, mesmo que em alguns momentos muito brusca, não fugiu do controle.
Apesar de comemorar, Lula mantém conversas diárias com Mantega e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Na quinta-feira, a crise será tema da reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão), integrado por ministros, empresários e trabalhadores. Cada setor fará um relato de como está se comportando em razão da crise e se sente, na prática, efeitos negativos e da intervenção do governo.

Obras do PAC
Antes de reunir a coordenação política, Lula disse no seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que é questão de honra manter as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), repetindo que não vai suspender os investimentos.


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