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Indefinição cerca venda de produção familiar
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Num sinal de influência direta da crise financeira global sobre o campo brasileiro, a fase de
comercialização da safra 2008/
2009 da agricultura familiar,
que acontece a partir de março,
"ainda é uma incógnita", segundo o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do
Desenvolvimento Agrário,
Adoniram Peraci. Ele diz que o
governo terá uma noção mais
clara só no início de dezembro.
Segundo ele, os problemas para
o setor são a "ausência de recursos" e a possibilidade de
uma recessão mundial, que poderia impedir a entrada de
itens alimentícios brasileiros
em países estratégicos.
A produção agrícola familiar
representa, de acordo com o
governo, cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil.
Dados preliminares do Censo
Agropecuário 2006, do IBGE,
indicam que mais de 5,2 milhões de estabelecimentos rurais têm como base organizativa a produção rural familiar.
Segundo Peraci, medidas como
a anunciada na quinta passada
pelo Banco Central, que elevou
a oferta de crédito rural em R$
2,5 bilhões ao mudar as regras
do compulsório, garantem, por
ora, o ciclo do plantio da safra.
A preocupação para daqui a
cinco meses, diz ele, é a falta de
liquidez no setor privado e seu
impacto no financiamento do
escoamento da produção.
O governo estima que um
terço dos itens agrícolas mandados para fora do país tenha
participação da agricultura familiar na cadeia produtiva. Organizações de trabalhadores dizem que o número é maior.
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