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Empresas prevêem aumento; Serra diz que não há motivo
da Sucursal de Brasília
O ministro José Serra (Saúde)
disse ontem que os planos de saúde não têm motivo para reajustar
seus preços em resposta às novas
regras para o setor, como já anunciou ontem o presidente da
Abramge (Associação Brasileira de
Medicina de Grupo), Arlindo de
Almeida. Ele disse que os planos
podem ficar entre 10% e 15% mais
caros.
"Se quiserem aumentar, é pretexto, mesmo porque as empresas
terão tempo para se adaptar às novas condições", disse Serra. Ele
afirmou que o governo irá reprimir os abusos cometidos pelos planos e seguros e conclamou os consumidores a denunciarem aumentos exagerados aos Procons (órgãos de defesa do consumidor).
Ao detalhar as normas para reajustes por faixas etárias, entretanto, Serra admitiu que algumas empresas poderão querer "corrigir"
os preços cobrados dos consumidores mais jovens.
É que a nova regulamentação estabelece que a diferença de preço
entre a faixa mais baixa (0 a 17
anos) e a mais alta (mais de 70
anos) não poderá ser maior do que
seis vezes. Como os planos hoje
costumam ser muito mais baratos
para os jovens, é possível que algumas empresas aumentem esse patamar inicial para poder continuar
cobrando as mesmas mensalidades dos clientes mais idosos.
O ministro recomendou aos
usuários que já estejam associados
a algum plano de saúde a não se
apressarem em optar por um novo
programa de cobertura. A melhor
estratégia, segundo Serra, é comparar ao máximo os preços das diversas empresas para só então tomar a decisão de mudar.
Para os consumidores que ainda
não tenham um plano, Serra afirmou que a melhor alternativa é só
se associar em janeiro, quando todas as empresas já estarão oferecendo planos que se enquadrem às
novas regras.
As empresas, no entanto, afirmam que a ampliação da cobertura determinada pela regulamentação dos planos de saúde deverá
provocar aumento nos preços das
mensalidades.
A estimativa de reajuste vale
mesmo para quem vai manter níveis semelhantes de cobertura entre o plano antigo e o novo, afirmou Almeida. Em sua avaliação, o
reajuste previsto, entre 10% e 15%,
é pequeno. Segundo o dirigente da
Abramge, o consumidor deve ter
cautela e calma na análise dos novos contratos.
Colaborou
Mauricio Esposito, da Reportagem
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