São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Índices de inflação do país são foco da semana

IPCA sai na sexta e deve registrar alta de 3,15%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os eventos econômicos internos são o destaque da semana e devem concentrar a atenção de agentes do mercado.
Entre amanhã e sexta-feira serão divulgados os principais dados inflacionários do país registrados em novembro.
A agenda começa com a apresentação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) amanhã. O mercado trabalha com a expectativa de que a taxa fique em torno dos 0,40%.
Na quarta-feira, será a vez do IGP-DI e, na sexta, vai ser divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de novembro.
A projeção do mercado aponta que o IPCA ficará em cerca de 0,36%. Para o ano, a pesquisa Focus, feita semanalmente pelo Banco Central junto a cem instituições financeiras, mostra a projeção de que o IPCA acumulado marcará alta de 3,15%.
O IPCA é utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta oficial de inflação. Quando essa meta é ameaçada, o BC eleva a taxa básica de juros.
Já se a meta mostra que será cumprida, aumentam as chances de os juros caírem.
Para 2006, a meta de inflação é de 4,5%. Ou seja, tudo indica que o IPCA ficará abaixo da meta, mostrando que há espaço para a taxa Selic continuar sendo cortada.

Juros
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou a redução da taxa básica Selic de 13,75% para 13,25% anuais.
A decisão não foi unânime dentre os membros do Copom. Assim, cresceu a impressão de que o comitê deve reduzir os juros de forma mais branda em sua próxima reunião, que ocorrerá em janeiro de 2007.
Na quinta-feira, o Copom irá divulgar a ata de sua última reunião. O documento trará explicações sobre os motivos que levaram o Banco Central a optar pelo corte de 0,50 ponto percentual efetuado na Selic.
Na última semana foi divulgado o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre. O resultado fraco -o crescimento ficou em apenas 0,50%- já era aguardado pelos analistas e acabou surtindo pouco efeito sobre o mercado financeiro.

Cena externa
Nos Estados Unidos, serão divulgados números referentes a pedidos de seguro desemprego e de crédito ao consumidor na quinta-feira.
Mas o principal evento nos EUA na semana deve ser a divulgação da taxa de desemprego de novembro, que será conhecida na sexta-feira.
"A dúvida que fica para a semana no cenário macroamericano é justamente sobre o mercado de trabalho", afirma, em análise, a Link Corretora.
"A semana que segue tem uma agenda um pouco mais leve do que a anterior, mas será na próxima sexta-feira que será divulgado o relatório sobre o mercado de trabalho americano. Esses números podem desanuviar um pouco a avaliação do Fed [o banco central dos EUA] em relação a possíveis pressões sobre a inflação", completa a corretora.
O pregão de sexta-feira foi afetado negativamente pela divulgação de dados do setor manufatureiro americano.
Em Wal Street, o índice Dow Jones registrou queda de 0,23% no último pregão da semana passada.
A Bolsa eletrônica Nasdaq, que reúne as ações das empresas de alta tecnologia, amargou perdas de 0,76%.
E a Bolsa de Valores de São Paulo registrou baixa de 1,44% na sexta.


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