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Índices de inflação do país são foco da semana
IPCA sai na sexta e deve registrar alta de 3,15%
DA REPORTAGEM LOCAL
Os eventos econômicos internos são o destaque da semana e devem concentrar a atenção de agentes do mercado.
Entre amanhã e sexta-feira
serão divulgados os principais
dados inflacionários do país registrados em novembro.
A agenda começa com a apresentação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) amanhã. O
mercado trabalha com a expectativa de que a taxa fique em
torno dos 0,40%.
Na quarta-feira, será a vez do
IGP-DI e, na sexta, vai ser divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de novembro.
A projeção do mercado aponta que o IPCA ficará em cerca
de 0,36%. Para o ano, a pesquisa Focus, feita semanalmente
pelo Banco Central junto a cem
instituições financeiras, mostra a projeção de que o IPCA
acumulado marcará alta de
3,15%.
O IPCA é utilizado pelo Banco Central para monitorar a
meta oficial de inflação. Quando essa meta é ameaçada, o BC
eleva a taxa básica de juros.
Já se a meta mostra que será
cumprida, aumentam as chances de os juros caírem.
Para 2006, a meta de inflação
é de 4,5%. Ou seja, tudo indica
que o IPCA ficará abaixo da
meta, mostrando que há espaço
para a taxa Selic continuar sendo cortada.
Juros
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou a redução da taxa básica Selic de 13,75% para
13,25% anuais.
A decisão não foi unânime
dentre os membros do Copom.
Assim, cresceu a impressão de
que o comitê deve reduzir os juros de forma mais branda em
sua próxima reunião, que ocorrerá em janeiro de 2007.
Na quinta-feira, o Copom irá
divulgar a ata de sua última
reunião. O documento trará explicações sobre os motivos que
levaram o Banco Central a optar pelo corte de 0,50 ponto
percentual efetuado na Selic.
Na última semana foi divulgado o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro
no terceiro trimestre. O resultado fraco -o crescimento ficou em apenas 0,50%- já era
aguardado pelos analistas e
acabou surtindo pouco efeito
sobre o mercado financeiro.
Cena externa
Nos Estados Unidos, serão
divulgados números referentes
a pedidos de seguro desemprego e de crédito ao consumidor
na quinta-feira.
Mas o principal evento nos
EUA na semana deve ser a divulgação da taxa de desemprego de novembro, que será conhecida na sexta-feira.
"A dúvida que fica para a semana no cenário macroamericano é justamente sobre o mercado de trabalho", afirma, em
análise, a Link Corretora.
"A semana que segue tem
uma agenda um pouco mais leve do que a anterior, mas será
na próxima sexta-feira que será
divulgado o relatório sobre o
mercado de trabalho americano. Esses números podem desanuviar um pouco a avaliação
do Fed [o banco central dos
EUA] em relação a possíveis
pressões sobre a inflação",
completa a corretora.
O pregão de sexta-feira foi
afetado negativamente pela divulgação de dados do setor manufatureiro americano.
Em Wal Street, o índice Dow
Jones registrou queda de
0,23% no último pregão da semana passada.
A Bolsa eletrônica Nasdaq,
que reúne as ações das empresas de alta tecnologia, amargou
perdas de 0,76%.
E a Bolsa de Valores de São
Paulo registrou baixa de 1,44%
na sexta.
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