COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Ministério do Meio Ambiente disse que a decisão da OMC é favorável ao Brasil e que a decisão reforça a posição defendida pelo governo.
Apesar do argumento do governo, Francisco Simeão, presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados)-a favor da importação de pneus usados como matéria-prima de pneus remoldados- classifica a resolução como derrota para os princípios defendidos pelo governo.
Simeão afirma que o Brasil só barrará a importação para todos os países, incluindo União Européia e Uruguai, "se quiser mandar o Mercosul às favas".
João Paulo Capobianco, secretário-executivo do ministério do Meio Ambiente, rebateu a idéia da derrota brasileira. Capobianco afirma que o fato de ter sido a União Européia a recorrer da decisão anunciada anteriormente pela OMC confirma que o bloco não havia gostado da decisão e que ela era favorável ao Brasil.
Eugenio Deliberato, presidente da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), também comemorou. "O Brasil é soberano para decidir sobre as questões ambientais, e a OMC reconheceu esse fato."
Ele diz que o parecer pode incentivar o STF (Supremo Tribunal Federal) a coibir a concessão de liminares autorizando importações e "resolver a questão de uma vez por todas".
Segundo a Anip, a importação prejudica o setor de pneus novos e o mercado nacional de pneus remoldados.
A associação defende que a proibição da importação atende só aos interesses das multinacionais. (VERENA FORNETTI)


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