Mês foi o segundo melhor da história do país em termos de emplacamentos

Até agora, foram licenciados 2,2 milhões de carros, caminhões e ônibus, 497 mil unidades a mais do que no mesmo período de 2006

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os emplacamentos de veículos em novembro, incluindo caminhões e ônibus, chegaram a 237 mil unidades, tornando o mês o segundo melhor da história da indústria no país. Com o resultado, as montadoras atingiram 2,2 milhões de unidades vendidas em 2007 até agora, 497 mil a mais do que no mesmo período de 2006.
O aumento em relação a novembro de 2006, segundo dados obtidos pela Folha, foi de 30% -o recorde mensal pertence a outubro, quando foram licenciados 244,4 mil veículos.
A estimativa oficial da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é que o ano feche com vendas entre 2,4 milhões e 2,45 milhões de unidades. A avaliação é que o resultado não deve passar de 2,5 milhões devido às dificuldades que as montadoras, que operam perto do limite de sua capacidade, já estão tendo em oferecer alguns carros.
Além disso, as empresas entram em férias coletivas no final do mês, o que pode agravar a situação atual, em que há fila de espera para certos modelos.
"Por um lado, há falta de alguns modelos, mas ao mesmo tempo há outros sobrando", observa David Wong, consultor especializado da Kaiser Associates. "Acredito que o ano irá fechar com mais de 2,45 milhões de unidades emplacadas, mas não passa de 2,5 milhões, por conta das dificuldades do lado da oferta", completa.
De qualquer forma, o recorde histórico de vendas de 1997, de 1,94 milhão de unidades vendidas, e que não foi batido no ano passado, já foi superado.
O mercado vem sendo impulsionado pelo aumento do financiamento de veículos e também pelo crescimento da renda do trabalhador. O saldo da carteira de financiamentos de veículos nos primeiros nove meses do ano, segundo dados da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), foi de R$ 76,1 bilhões, um crescimento de 24% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o ano que vem, a expectativa é de mais crescimento nas vendas. "O otimismo do consumidor está muito elevado. Se o quadro se mantiver assim, a alta percentual sobre este ano pode não ser a mesma, porque a base de comparação é muito forte, mas o crescimento continua", afirma Wong.
As montadoras e as autopeças têm planejado US$ 15 bilhões em investimentos no próximos três anos, segundo divulgou em outubro o Ministério do Desenvolvimento. O montante será aplicado na modernização de fábricas e na criação de modelos, além da ampliação e da criação de novas plantas. O objetivo é ampliar a capacidade instalada da indústria de 3,5 milhões de veículos para 5 milhões até 2011.


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