São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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Bovespa tem 5º pregão seguido de valorização

Bolsa sobe 0,31%, enquanto mercado dos EUA tem baixa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo iniciou a semana da última reunião do Copom de 2007 em ritmo lento. Ao menos, conseguiu encerrar o pregão em terreno positivo, ao registrar alta de 0,31%.
O mercado de câmbio teve um resultado final ainda mais morno, ao encerrar com o dólar estável, vendido a R$ 1,794.
A fraca agenda de eventos econômicos contou com a informação de que a atividade do setor manufatureiro dos EUA manteve em novembro o fraco ritmo observado no mês anterior -um aquecimento desse segmento econômico poderia ter animado o mercado.
As Bolsas norte-americanas fecharam em baixa. O índice Dow Jones, que reúne as ações de maior liquidez, caiu 0,43%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,90%.
O setor bancário norte-americano manteve fraco desempenho, favorecendo o recuo da Bolsa de Nova York. As ações do JP Morgan Chase caíram 1,1%, e as do Citigroup perderam 1% no pregão de ontem. O mercado projeta que as perdas decorrentes da crise de crédito habitacional, que já gerou prejuízos acima de US$ 50 bilhões para os maiores bancos do mundo, ainda não foram totalmente absorvidas.
Nesse sentido, o presidente do Fed (banco central dos EUA) regional de Boston, Eric Rosengren, disse ontem acreditar que os problemas originados no setor de crédito habitacional ainda vão se acentuar antes de serem superados.
O que favoreceu e fez com que o dia não fosse tão negativo ontem foram as declarações de Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA. Paulson afirmou que a Casa Branca tem trabalhado em um plano junto às instituições financeiras na tentativa de congelar as taxas de juros e facilitar a quitação de dívidas imobiliárias.
Para a Bovespa, que conseguiu se isolar um pouco do pessimismo internacional, os ganhos de ontem representaram seu quinto pregão consecutivo de alta. Porém, apesar dessa recuperação recente, a Bolsa ainda está abaixo de seu recorde histórico, os 65.317 pontos marcados no pregão de 31 de outubro. Ontem, foram registrados 63.199 pontos. Ou seja, a Bovespa está dependendo de uma elevação de 3,4% para marcar novo patamar recorde.
Ontem a Bovespa chegou a bater em 63.681 pontos, ao subir 1,07% na máxima do dia. Os pontos dos índices da Bolsa representam o valor de mercado das companhias -quanto mais elevada está a pontuação, mais estão valendo as empresas que têm ações negociadas.
As ações ON da BM&F, que estrearam na sexta com valorização de 22%, terminaram ontem com queda de 3,68%. Os papéis movimentaram R$ 400 milhões e ficaram entre os três mais girados do dia.


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