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Bovespa tem 5º pregão seguido de valorização
Bolsa sobe 0,31%, enquanto mercado dos EUA tem baixa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo iniciou a semana da última reunião do Copom de 2007
em ritmo lento. Ao menos, conseguiu encerrar o pregão em
terreno positivo, ao registrar
alta de 0,31%.
O mercado de câmbio teve
um resultado final ainda mais
morno, ao encerrar com o dólar
estável, vendido a R$ 1,794.
A fraca agenda de eventos
econômicos contou com a informação de que a atividade do
setor manufatureiro dos EUA
manteve em novembro o fraco
ritmo observado no mês anterior -um aquecimento desse
segmento econômico poderia
ter animado o mercado.
As Bolsas norte-americanas
fecharam em baixa. O índice
Dow Jones, que reúne as ações
de maior liquidez, caiu 0,43%, e
a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,90%.
O setor bancário norte-americano manteve fraco desempenho, favorecendo o recuo da
Bolsa de Nova York. As ações
do JP Morgan Chase caíram
1,1%, e as do Citigroup perderam 1% no pregão de ontem. O
mercado projeta que as perdas
decorrentes da crise de crédito
habitacional, que já gerou prejuízos acima de US$ 50 bilhões
para os maiores bancos do
mundo, ainda não foram totalmente absorvidas.
Nesse sentido, o presidente
do Fed (banco central dos
EUA) regional de Boston, Eric
Rosengren, disse ontem acreditar que os problemas originados no setor de crédito habitacional ainda vão se acentuar
antes de serem superados.
O que favoreceu e fez com
que o dia não fosse tão negativo
ontem foram as declarações de
Henry Paulson, secretário do
Tesouro dos EUA. Paulson afirmou que a Casa Branca tem
trabalhado em um plano junto
às instituições financeiras na
tentativa de congelar as taxas
de juros e facilitar a quitação de
dívidas imobiliárias.
Para a Bovespa, que conseguiu se isolar um pouco do pessimismo internacional, os ganhos de ontem representaram
seu quinto pregão consecutivo
de alta. Porém, apesar dessa recuperação recente, a Bolsa ainda está abaixo de seu recorde
histórico, os 65.317 pontos
marcados no pregão de 31 de
outubro. Ontem, foram registrados 63.199 pontos. Ou seja, a
Bovespa está dependendo de
uma elevação de 3,4% para
marcar novo patamar recorde.
Ontem a Bovespa chegou a
bater em 63.681 pontos, ao subir 1,07% na máxima do dia. Os
pontos dos índices da Bolsa representam o valor de mercado
das companhias -quanto mais
elevada está a pontuação, mais
estão valendo as empresas que
têm ações negociadas.
As ações ON da BM&F, que
estrearam na sexta com valorização de 22%, terminaram ontem com queda de 3,68%. Os
papéis movimentaram R$ 400
milhões e ficaram entre os três
mais girados do dia.
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