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TERMÔMETRO
Brasil fica em 81º lugar após subir nove posições, com melhoras nos quesitos carga fiscal e política monetária
País sobe em ranking de liberdade econômica
DA REDAÇÃO
O Brasil subiu nove posições no
ranking de liberdade econômica
feito pela americana Heritage
Foundation, alcançando o 81º lugar entre 155 países, com uma
pontuação de 3,08, ante 3,20 no
ano passado.
O país continua na categoria
dos países "majoritariamente
não-livres", mas houve melhoras
nos quesitos carga fiscal e política
monetária.
No quesito carga fiscal, o Heritage diz que os gastos do governo
como porcentagem do PIB (Produto Interno Bruto) caíram um
ponto percentual em 2004, ante
queda de 0,9 ponto percentual em
2003, o que levou a uma melhora
de 0,2 ponto percentual na nota
do país nessa categoria.
Já a pontuação atribuída à política monetária melhorou um
ponto porque a inflação média de
1995 a 2004 foi de 8,65%, ante
12,34% de 1994 a 2003.
O "2006 Index of Economic
Freedom" do centro de pesquisas
usa dados de 2004. A pesquisa
avalia, para cada país, 50 variáveis
divididas em 10 categorias. Cada
categoria, como carga fiscal ou intervenção do governo na economia, recebe uma nota de 1 a 5, sendo 1 a melhor nota a ser obtida. A
média das dez categorias dá a nota do país, usada no ranking.
Problemas
O relatório da Heritage diz que a
economia brasileira "ainda tem
problemas estruturais que diminuem as chances de crescimento
a longo prazo".
A fundação diz ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
prejudicou as possibilidades de
expansão ao aumentar voluntariamente a meta de superávit fiscal estabelecida pelo FMI (Fundo
Monetário Internacional). "Em
março de 2005, o Brasil decidiu
não renovar seu acordo com o
FMI, mas continua seguindo as
recomendações acordadas anteriormente, incluindo um regime
tributário pesado", diz o relatório.
A fundação vê ainda outros obstáculos ao investimento estrangeiro de longo prazo e ao crescimento econômico, como o sistema tributário confuso, barreiras
ao investimento em alguns setores, Poder Judiciário fraco e um
"labirinto regulatório".
O relatório diz sobre a estrutura
regulatória do Brasil que ela é "pesada e não inteiramente transparente" e que o mercado de trabalho é "altamente rígido". Além
disso, a Heritage diz que o Departamento de Comércio dos EUA
considera que a corrupção é um
"problema persistente" no país.
Na América Latina, 15 países
melhoraram sua pontuação em
relação ao relatório do ano passado e dez viram sua pontuação
cair. A região continua tendo três
países considerados "reprimidos"
(Venezuela, Cuba e Haiti) e apenas uma economia considerada
"livre" (Chile).
O posto de economia mais livre
do mundo segundo a Heritage ficou novamente com Hong Kong,
com pontuação de 1,28, seguido
por Cingapura, com 1,56 ponto.
Os Estados Unidos voltaram ao
"top 10", ficando no 9º lugar após
ocupar a 12ª posição em 2005.
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