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ANTIPIRATARIA
Operadora de shopping não barrava venda de produto falsificado
Chanel vence ação contra chinesa
DA BLOOMBERG
A Chanel, a Prada e três outras
fabricantes de produtos de luxo
obtiveram o primeiro veredicto
favorável sobre direitos autorais
contra uma operadora de shopping centers da China, segundo
o advogado das empresas.
A vitória representa mais um
passo para a redução dos US$ 60
bilhões em prejuízos anuais
contabilizados por companhias
internacionais devido à pirataria de seus produtos.
A Beijing Xiushui Haosen Clothing Market, que opera o shopping center Silk Street (Rua da
Seda), em Pequim, não conseguiu impedir que os lojistas que
alugavam espaço em seu imóvel
vendessem produtos reconhecidamente falsificados, segundo a
tradução do veredicto divulgada por e-mail por Joseph Simone, sócio do escritório de advocacia Baker & McKenzie de
Hong Kong.
O tribunal ordenou que a operadora do shopping e os lojistas
paguem indenização de US$ 13
mil aos autores da ação.
O Burberry Group, a LVMH
Moët Hennessy Louis Vuitton e
a Gucci, divisão da PPR, também venceram uma ação judicial por perdas e danos movida
contra a operadora do shopping, localizado em uma movimentada rua de Pequim e que
atrai turistas de todo o mundo
em busca de preços baixos.
"Até onde eu sei, essa é a primeira ação judicial civil" movida na China contra um proprietário que aluga seu imóvel a lojistas que comercializam produtos pirateados, disse Douglas
Clark, sócio do escritório de advocacia Lovells em Xangai, à revista "Legal Week" em agosto.
"Esse processo deve servir de
alerta a todos os proprietários
de imóveis da China, fazendo-os ver que não podem alugar cegamente seus estabelecimentos
sem assumir a responsabilidade
por suas ações", disse Clark.
Wu Weishuang, que se identificou como advogado da Haosen, a operadora do shopping,
recusou-se a fazer comentários
sobre a ação judicial.
"A indenização é insignificante, pois provavelmente nem
mesmo foi suficiente para cobrir os custos legais", disse Audrey Shum, advogado associado
do escritório Clifford Chance, o
maior do mundo. "Mas é um
bom sinal, pois mostra que a
China está disposta a avançar e
estender esse tipo de responsabilidade legal aos proprietários
que alugam seus imóveis."
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