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TRIBUTOS
Gás, carros e medicamentos podem subir com PIS/Cofins
DA REPORTAGEM LOCAL
No pacote de mudanças
tributárias promovidas pelo
governo na virada do ano,
PIS e Cofins, os chamados
impostos sociais, sofreram
várias alterações. As mais relevantes atingem empresas
como indústrias farmacêuticas, produtores de GLP (Gás
Liquefeito de Petróleo), a cadeia automotiva e podem ter
dois efeitos: aumento de preços nessas áreas e uma corrida para tentar buscar impostos pagos a mais, antes da publicação da nova medida provisória que os regulamenta.
Empresas de tais setores
estavam incluídas num regime tributário que permitia a
isenção de PIS e Cofins. Algumas delegacias da Receita
Federal entendiam também
que essas companhias podiam acumular créditos de
impostos dessa natureza recolhidos em aluguéis e fretes,
por exemplo. Permitiam que
elas usassem ainda esses créditos no pagamento de outros tributos federais, como
Imposto de Renda.
A publicação da MP 413 no
"Diário Oficial" da União de
quinta-feira, no entanto, acaba com essa possibilidade.
"Haverá impacto grande nos
resultados dos contribuintes
que perderem esses créditos", diz Adolpho Bergamini,
advogado da Braga&Marafon Consultores e Advogados. "Como eles passarão a
pagar Imposto de Renda e
outras contribuições federais sem qualquer desconto,
poderão certamente repassar o aumento da carga para
o preço dos produtos."
Por outro lado, ao mesmo
tempo em que eliminou a
possibilidade do desconto de
créditos de PIS e Cofins, o
governo reconheceu que, até
então, essa era uma prática
completamente legal.
"Isso significa que as empresas incluídas nesse regime tributário poderão abater
créditos de PIS e Cofins não
usados no pagamento de impostos federais em anos anteriores", diz ele.
(CRISTIANE BARBIERI)
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