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Semana terá indicadores dos EUA e da Europa
No Brasil, serão divulgados IGP-DI e IPCA de dezembro
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira semana de 2009
contará com a divulgação de diferentes indicadores econômicos, que prometem manter o
mercado financeiro agitado
neste começo de ano.
Amanhã os investidores irão
conhecer o índice da atividade
norte-americana no setor de
serviços referente a dezembro,
medido pelo instituto ISM. Em
novembro, o índice marcou
37,3 pontos, sendo o mais fraco
resultado desde que a aferição
começou a ser feita, em 1997.
Para dezembro, espera-se que
tenha piorado ainda mais, indo
a 36,8 pontos. Também serão
conhecidos os dados das encomendas feitas às indústrias.
Esses números, que devem
seguir ruins, são importantes
para os analistas avaliarem o
quanto a maior economia do
planeta está enfraquecida.
Para encerrar a agenda de
amanhã, vai ser apresentada a
ata da última reunião do Fomc
(comitê do banco central que
define os juros dos EUA).
Em seu último encontro, os
dirigentes do Fomc tomaram a
decisão de reduzir os juros de
referência dos Estados Unidos
de 1% para uma banda entre
0% e 0,25%, o menor nível da
taxa desde que o BC passou a
compilar os índices, em 1954.
"A semana traz poucos indicadores de atividade nos Estados Unidos, mas alguns deles
muito relevantes para a formação de expectativas dos agentes. Na terça-feira, o ISM do setor de serviços deve seguir
apontando forte contração. As
encomendas à indústria americana também devem continuar
em trajetória descendente", diz
Miriam Tavares, diretora da
corretora de câmbio AGK.
"A divulgação que deve mostrar um viés ainda mais negativo, no entanto, é a ata da reunião do Fomc. O documento
deve estar cheio de previsões
pessimistas para o desempenho dos Estados Unidos no
curto prazo", afirma.
A quarta-feira terá dados
mais relevantes vindos da Europa. Por lá, vão ser divulgados
o índice de preços ao produtor
da zona do euro e a taxa de desemprego na Alemanha.
Ainda na Europa, na quinta-feira vão sair o índice de confiança do consumidor e a taxa
de desemprego da zona do euro. Nesse dia, o BCE (banco
central britânico) anunciará
como fica a sua taxa de juros.
Apesar das quedas recordes
sofridas pelas Bolsas de Valores
nos principais centros financeiros em 2008, nada garante
que as ações já atingiram o fundo do poço. Analistas preveem
que ao menos este primeiro trimestre vai ser ainda bastante
negativo para a economia e para os mercados internacionais.
O índice Dow Jones teve perdas de 33,8% em 2008, sendo a
depreciação mais significativa
desde 1931.
Na Bolsa de Londres, a queda
no ano passado foi de 31,3%,
sendo a maior baixa anual desde 1984, quando o índice acionário FTSE 100 passou a ser
contabilizado.
Para a Bovespa, a depreciação em 2008 foi de 41,22% -a
mais elevada desde 1972.
No Brasil, agenda amena
A agenda econômica nacional é bastante amena na semana, o que deve levar o mercado
doméstico a ficar bem atrelado
aos humores internacionais.
Os dados mais relevantes a
serem conhecidos por aqui serão os referentes à inflação do
mês passado. Um deles é o
IGP-DI de dezembro, medido
pela FGV, que sairá na quarta-feira. A expectativa é que o índice apresente deflação em torno
de 0,20%.
Na sexta-feira será a vez de o
IPCA de dezembro ser divulgado pelo IBGE. O IPCA é o índice oficial de inflação, utilizado
pelo BC para monitorar sua
meta. A expectativa é a de que o
IPCA registre alta de 0,30%.
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