São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Semana terá indicadores dos EUA e da Europa

No Brasil, serão divulgados IGP-DI e IPCA de dezembro

DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira semana de 2009 contará com a divulgação de diferentes indicadores econômicos, que prometem manter o mercado financeiro agitado neste começo de ano.
Amanhã os investidores irão conhecer o índice da atividade norte-americana no setor de serviços referente a dezembro, medido pelo instituto ISM. Em novembro, o índice marcou 37,3 pontos, sendo o mais fraco resultado desde que a aferição começou a ser feita, em 1997. Para dezembro, espera-se que tenha piorado ainda mais, indo a 36,8 pontos. Também serão conhecidos os dados das encomendas feitas às indústrias.
Esses números, que devem seguir ruins, são importantes para os analistas avaliarem o quanto a maior economia do planeta está enfraquecida.
Para encerrar a agenda de amanhã, vai ser apresentada a ata da última reunião do Fomc (comitê do banco central que define os juros dos EUA).
Em seu último encontro, os dirigentes do Fomc tomaram a decisão de reduzir os juros de referência dos Estados Unidos de 1% para uma banda entre 0% e 0,25%, o menor nível da taxa desde que o BC passou a compilar os índices, em 1954.
"A semana traz poucos indicadores de atividade nos Estados Unidos, mas alguns deles muito relevantes para a formação de expectativas dos agentes. Na terça-feira, o ISM do setor de serviços deve seguir apontando forte contração. As encomendas à indústria americana também devem continuar em trajetória descendente", diz Miriam Tavares, diretora da corretora de câmbio AGK.
"A divulgação que deve mostrar um viés ainda mais negativo, no entanto, é a ata da reunião do Fomc. O documento deve estar cheio de previsões pessimistas para o desempenho dos Estados Unidos no curto prazo", afirma.
A quarta-feira terá dados mais relevantes vindos da Europa. Por lá, vão ser divulgados o índice de preços ao produtor da zona do euro e a taxa de desemprego na Alemanha.
Ainda na Europa, na quinta-feira vão sair o índice de confiança do consumidor e a taxa de desemprego da zona do euro. Nesse dia, o BCE (banco central britânico) anunciará como fica a sua taxa de juros.
Apesar das quedas recordes sofridas pelas Bolsas de Valores nos principais centros financeiros em 2008, nada garante que as ações já atingiram o fundo do poço. Analistas preveem que ao menos este primeiro trimestre vai ser ainda bastante negativo para a economia e para os mercados internacionais.
O índice Dow Jones teve perdas de 33,8% em 2008, sendo a depreciação mais significativa desde 1931.
Na Bolsa de Londres, a queda no ano passado foi de 31,3%, sendo a maior baixa anual desde 1984, quando o índice acionário FTSE 100 passou a ser contabilizado.
Para a Bovespa, a depreciação em 2008 foi de 41,22% -a mais elevada desde 1972.

No Brasil, agenda amena
A agenda econômica nacional é bastante amena na semana, o que deve levar o mercado doméstico a ficar bem atrelado aos humores internacionais.
Os dados mais relevantes a serem conhecidos por aqui serão os referentes à inflação do mês passado. Um deles é o IGP-DI de dezembro, medido pela FGV, que sairá na quarta-feira. A expectativa é que o índice apresente deflação em torno de 0,20%.
Na sexta-feira será a vez de o IPCA de dezembro ser divulgado pelo IBGE. O IPCA é o índice oficial de inflação, utilizado pelo BC para monitorar sua meta. A expectativa é a de que o IPCA registre alta de 0,30%.


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