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COMPASSO DE ESPERA
Índice sobe 2,3% no primeiro pregão do ano
Exterior ajuda a Bovespa a reagir
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São
Paulo iniciou 1999 em alta, de
2,32%. Foi impulsionada pelo
desempenho positivo dos mercados da Europa, com a criação
do euro, e de Nova York, que
chegou a subir 1,33%.
O mercado de títulos da dívida externa brasileira também
esteve forte. O C-bond, o título
mais negociado, chegou a bater
na cotação de 61% do valor de
face, patamar recorde em três
semanas. Fechou a 60,75%.
Os volumes negociados foram fracos. A Bolsa de São Paulo girou R$ 199,69 milhões.
No cenário interno, os investidores aprovaram o minipacote fiscal lançado pelo governo
no final de 98. Agora, com o novo ministério de FHC, os analistas apostam suas fichas que o
Executivo terá maior base de
apoio para aprovação das medidas de ajuste no Congresso.
"O minipacote fiscal traz
tranquilidade ao mercado, pois
demonstra que o governo pretende se desdobrar para cumprir as metas com o FMI", diz
Nicolas Balafas, diretor da BNP
Asset Management.
Se não cumprir as metas com
o Fundo, o Brasil pode ficar
sem receber todos os US$ 41,5
bilhões de ajuda externa. Os investidores acreditam que, sem
essa ajuda, o país não fecha
suas contas neste ano, o que
causaria pânico no mercado.
Para conseguir honrar o acordo com o FMI, o governo precisa também aprovar no Congresso a nova CPMF e a criação
da contribuição à Previdência
dos funcionários públicos federais inativos e ampliação da
contribuição dos ativos.
"Se o governo obtiver vitórias
nas duas principais votações, o
desempenho da Bolsa pode ser
positivo neste mês. A confiança
pode ser restabelecida", diz o
especialista Manuel Maceira.
O mercado de ações vinha
com desempenho positivo em
novembro, mas despencou em
dezembro por causa da derrota
do Executivo na votação da
Previdência.
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