São Paulo, terça, 5 de janeiro de 1999

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EUROPA UNIDA
Robert Rubin, secretário do Tesouro, afirma que a nova moeda européia será "como qualquer outra"
Dow Jones tem oscilação na estréia do euro

das agências internacionais

A Bolsa de Nova York fechou com pequena alta de 0,03% no dia da estréia do euro. O índice Dow Jones, que reúne as ações mais negociadas, chegou a subir 1,3% em meio ao otimismo dos investidores, que apostavam que a alta da moeda européia em relação ao dólar pode beneficiar as exportações norte-americanas.
Antes do fechamento, porém, o Dow Jones caiu 50 pontos e foi acionado um mecanismo para limitar suas perdas. A tendência de alta foi retomada mais tarde, e o índice voltou a registrar ganhos.
Em meio à expectativa de que o euro será rival do dólar, o governo norte-americano divulgou ontem novas declarações positivas sobre a estréia da moeda européia.
Joe Lockhart, porta-voz da Casa Branca (sede do governo dos EUA, em Washington), afirmou que a integração monetária européia vai beneficiar a economia norte-americana.
"Os Estados Unidos sempre foram favoráveis a uma Europa integrada e o governo norte-americano apóia todo avanço em direção a esse objetivo", disse Lockhart.
O porta-voz norte-americano afirmou que os EUA não tinham razão nenhuma para temer que o euro seja um concorrente do dólar.
A afirmação foi semelhante à comparação feita pelo secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, que afirmou que o euro será "uma moeda como qualquer outra".
Rubin também disse ontem que a moeda européia não representará uma ameaça à norte-americana se o governo dos EUA mantiver uma política orçamentária que mantenha o dólar atrativo para os investidores estrangeiros.
"O euro mostra mais uma vez o quanto é importante que nos concentremos em nossa própria política", disse o secretário do Tesouro norte-americano.
Rubin não quis comentar o fortalecimento que o euro teve ontem em relação a várias moedas, inclusive ao dólar. Ele disse apenas que os mercados financeiros vão continuar flutuando e que a preocupação dos EUA é "manter a casa em ordem".
"O que for bom para a Europa será bom para os Estados Unidos, uma Europa forte é bom para os Estados Unidos", afirmou o secretário do Tesouro norte-americano.



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