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Seguro para financiamento
habitacional terá R$ 500 mi
Governo confirma fundo para cobrir risco de calote
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo gastará R$ 500
milhões em recursos do Tesouro Nacional para criar um fundo que cobrirá parte do risco de
inadimplência nos financiamentos habitacionais para a
baixa renda, segundo anunciou
o ministro Paulo Bernardo
(Planejamento). A Folha apurou que a área econômica quer
limitar a cobertura para famílias com renda até cinco salários mínimos, um pouco mais
de R$ 2.000, e para financiamentos de até R$ 50 mil.
A garantia também será restrita aos primeiros cinco anos
do contrato, para que dessa forma os bancos privados dividam
o risco com a União e sejam seletivos na concessão do crédito.
O fundo garantidor é uma
das medidas que integrarão o
pacote habitacional que deverá
ser anunciado pelo governo até
o fim da próxima semana.
O formato final do fundo garantidor deverá privilegiar a
fórmula em que um maior número de pessoas seja atendido.
O governo também discute como garantir legalmente que, no
caso de o mutuário ficar inadimplente e o imóvel for a leilão, o dinheiro que sobrar após
a quitação da dívida vá reforçar
o caixa do fundo. As propostas
de usar o fundo garantidor para
cobrir também o pagamento
das prestações em momentos
de dificuldade do mutuário
-com desemprego, por exemplo- e a de criar um seguro específico contra desemprego
ainda geram polêmica.
Uma outra ideia em análise
prevê que os financiamentos
incluam um período de até dois
anos de carência, em que o mutuário poderia suspender o pagamento, sem caracterizar inadimplência.
Além de reduzir o risco para
que a população de baixa renda
tenha acesso a financiamentos
de mercado para a compra de
imóveis, o governo pretende
também criar formas de seguro
barato para a compra de material de construção. A proposta é
usar a Caixa Econômica Federal, que tem uma seguradora,
para baratear o valor, lançando
apólices mais baratas.
Já em relação ao seguro para
cobertura de morte acidental,
natural e danos físicos ao imóvel, também embutida na prestação, os estudos são para tentar reduzi-lo, pelo menos, à
metade. Hoje, as estimativas do
setor são as de que esse seguro
corresponde de 3% a 10% da
prestação.
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