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Pará faz protestos contra usina
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Três protestos em três
cidades diferentes do Pará
ocorreram ontem contra a
liberação da licença prévia
para a construção da usina
hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no rio
Xingu.
Em Altamira, ao menos
150 pessoas se reuniram
em frente à sede local do
Ibama, responsável pela
aprovação da licença, para
fazer uma "vigília".
Estavam lá indígenas,
agricultores, ribeirinhos e
integrantes de ONGs como Movimento Xingu Vivo para Sempre e MAB
(Movimento dos Atingidos por Barragens).
Com uma potência instalada de 11,2 mil MW, Belo Monte deve se tornar a
terceira maior hidrelétrica
do mundo. Seu custo, ainda não definido, pode chegar a R$ 30 bilhões.
De acordo com seus críticos, a usina vai trazer danos para o meio ambiente
e para os moradores que
vivem no entorno dos barramentos.
Além de Altamira, as sedes do Ibama de Santarém
e Belém foram alvo de protestos, que começariam no
início da noite de ontem.
As ONGs que lutam contra
a obra devem organizar
outras manifestações ao
longo dos próximos meses.
(JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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