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Lucro do Santander cresce após lançamento de ações no Brasil
Após captar R$ 13,2 bi, banco fechou 2009 com ganho de R$ 5,5 bi, alta de 41%
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Recém-admitido à Bolsa e
agora sob o escrutínio do mercado de capitais, o banco Santander Brasil acelerou o ritmo
de crescimento no lucro. Diferentemente das demais instituições, que tiveram alta modesta nos ganhos, o banco encerrou 2010 com lucro de R$
5,508 bilhões, 41% mais do que
em 2008. Até junho, o crescimento anual era de 13%.
O resultado do Santander no
Brasil contrasta com o da matriz na Espanha, que terminou
2009 com ganhos de 8,943
bilhões, estagnado em relação a
2008. O banco é o maior da zona do euro e passou quase ileso
pela crise. O Brasil responde
por 20% do lucro no mundo, só
atrás dos 26% da Espanha.
No crédito, o resultado do
banco ficou abaixo do mercado,
que cresceu 5%. A carteira do
banco teve expansão de apenas
1,7% em 2009, sendo de 10,7%
nos empréstimos para pessoa
física.
Após captar R$ 13,2 bilhões
em outubro na Bolsa, o Santander está praticamente "sentado
em cima de dinheiro", como
afirmou Fábio Barbosa, o presidente do banco no país. O
Santander hoje tem a maior
folga de caixa para fazer empréstimos entre os bancos - o
chamado índice de Basileia,
que mede solvência, é de
25,6%, enquanto os demais
bancos têm 17%; o mínimo é
11%.
O que é bom indicador de
solvência, no entanto, reduz a
rentabilidade para o acionista,
fato que desagrada o mercado.
Enquanto não acelera a concessão de empréstimos, o banco tem reduzido seu endividamento junto ao mercado e até
com a própria matriz. O banco
reduziu em 13,7% a captação
por meio da venda de CDBs no
último trimestre e adiantou
pagamento de R$ 1,5 bilhão em
CDB vendido à matriz.
As ações do Santander recuaram ontem 6,2%, dia em que a
Bolsa caiu 4,73%.
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