FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

O Carnaval e a falta de promoções agressivas derrubaram as vendas de carros em fevereiro. Foram comercializados 104.554 veículos e comerciais leves da fábrica para as concessionárias no mês passado. O resultado indica uma queda de 16,7% em relação a fevereiro de 2001, quando foram vendidas 125.516 unidades. Os dados oficiais do setor serão divulgados na quinta pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Na comparação com janeiro deste ano, quando foram comercializados 104.587 veículos e comerciais leves, o resultado ficou praticamente estável, com uma diferença de apenas 33 unidades.
Apesar da queda nas vendas, o mercado diz que a indústria automotiva não tem do que reclamar. É que as vendas de fevereiro foram prejudicadas pelo Carnaval, que caiu bem no meio do mês. No ano passado, o Carnaval foi no final de fevereiro e teve pequeno impacto nas vendas.
Outro fator que influiu no desempenho do setor foi o bom resultado registrado no começo de 2001, fruto de campanhas agressivas de venda.
Neste ano, o mercado automotivo começa a vislumbrar um aquecimento no médio prazo, após a retração verificada a partir do segundo semestre de 2001.

Volks cai para 3º
Pelos dados de mercado, a Fiat atingiu, pelo segundo mês consecutivo, o primeiro lugar do ranking nacional de vendas no atacado pelo critério de marca. A montadora vendeu 26.606 automóveis e comerciais leves em fevereiro.
O segundo lugar ficou com a GM, que comercializou 26.268 unidades. A Volks, que por 42 anos foi a líder do mercado, ficou em terceiro lugar em fevereiro, com a venda de 25.699 veículos.
Para analistas do setor, o posicionamento da GM em segundo lugar é contestável, pois o critério de desempenho por marca exclui os resultados da Audi e da Seat, pertencentes ao grupo Volks.
Se forem contabilizados os resultados do grupo, a diferença entre a Fiat e a Volks seria pequena. Mas, mesmo assim, a liderança continuaria nas mãos da montadora de origem italiana.
A Anfavea espera que o setor registre neste ano um crescimento de 5% na produção (1,9 milhão de unidades) e de 3% nas vendas internas (1,65 milhão). Espera-se que as exportações cresçam 10% no ano.



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