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Turbulência não deve deter ritmo de queda da taxa Selic
Na quarta ,Copom deve cortar juro em 0,25 ponto
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo que não registre as
fortes oscilações dos últimos
dias, a semana promete ser bastante agitada no mercado. Uma
bateria de relevantes eventos
econômicos aqui e nos Estados
Unidos vai trazer muita novidade para os investidores.
A instabilidade que tem mexido com os mercados globais
não deve fazer com que a semana comece em ritmo morno.
Mas o eventos econômicos ficam mais intensos a partir da
quarta-feira.
Nesse dia, o Copom (Comitê
de Política Monetária) irá
anunciar como fica a taxa básica da economia brasileira. A taxa Selic está em 13% anuais. A
maioria do mercado confia em
uma redução de 0,25 ponto
percentual -ou seja, para
12,75%- na taxa.
A saída de Afonso Bevilaqua
da diretoria de Política Econômica do Banco Central fez com
que investidores falassem na
possibilidade de o Copom ser
menos conservador em suas
decisões -Bevilaqua era conhecido como um dos símbolos
do conservadorismo e da política de juros altos da instituição.
Mas o mercado futuro de juros da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) pouco reagiu
à sua saída.
No pregão de sexta-feira, a
taxa do contrato DI de prazo
mais curto, que aponta a expectativa do mercado para o Copom, fechou a 12,69%, contra
12,71% do dia anterior.
"Livro bege"
Ainda na quarta, será apresentado nos EUA o "livro bege"
-compilação de números da
economia norte-americana- e
dados do segmento de crédito
ao consumidor.
O Fed (o banco central dos
EUA) acompanha de perto os
resultados do "livro bege" para
ajustar sua política monetária.
A Prosper Gestão de Recursos afirma que nesta semana
haverá "indicadores americanos relevantes", entre eles, o
"livro bege".
"Os dados ganham relevância após uma semana turbulenta que teve o discurso do ex-presidente do Fed, Alan
Greenspan, prevendo uma possível recessão na economia
americana ainda em 2007."
O Fed se reunirá nos dias 20 e
21 para definir como ficam os
juros americanos, que estão em
5,25% ao ano. A expectativa
predominante é a de que os juros da maior economia do
mundo permaneçam estáveis.
Dados nacionais
No Brasil, na sexta-feira, vai
ser apresentado pelo IBGE o
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro.
Esse indicador de preços é o
utilizado pelo BC para monitorar sua meta de inflação.
Assim, se o IPCA vier fraco,
mostrará que ainda há espaço
para os juros básicos caírem
mais fortemente.
Para o fim de 2007 o mercado, segundo levantamento do
BC, espera que a taxa Selic esteja em 11,5%.
O problema é que a forte instabilidade do mercado financeiro mundial pode acabar por
atrapalhar o processo de redução dos juros brasileiros.
Um agravamento do atual cenário poderia acabar por levar
os diretores do Copom a optarem por conter o ritmo de reduções dos juros brasileiros.
Outro dado brasileiro importante vai ser conhecido amanhã. É o resultado da produção
industrial de janeiro.
O número ganha ainda maior
relevância após a divulgação do
resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2006,
que foi feita na última semana.
O PIB brasileiro acabou por
subir 2,9% em 2006 e encerrou
o ano em aceleração. No último
trimestre de 2006, a economia
brasileira teve aumento de
3,8% na comparação com igual
período de 2005.
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