|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
SP dará crédito "verde" para empresas
A Nossa Caixa Desenvolvimento, agência de fomento
paulista, lançará novas linhas
de financiamento no valor de
R$ 1 bilhão, no próximo dia 15.
O alvo da Linha Economia
Verde são pequenas e médias
empresas interessadas em crédito para projetos, como troca
de máquinas e equipamentos,
que ajudem as companhias a
reduzir emissões de gases de
efeito estufa.
As empresas beneficiadas devem ser privadas, com faturamento anual entre R$ 240 mil e
R$ 100 milhões.
O presidente da Nossa Caixa
Desenvolvimento, Milton Luiz
de Melo Santos, disse que ainda
não pode antecipar as condições de financiamento, mas
que os juros e os prazos serão
melhores do que os praticados
atualmente pelo mercado.
"A operação é feita diretamente para a empresa, sem intermediação de um banco, que
cobraria uma taxa pelo risco
[da transação]", afirma.
Entre os setores que podem
solicitar crédito da Linha Economia Verde estão agroindústria, transportes, saneamento,
energias renováveis, eficiência
energética, recuperação florestal, construção, entre outros.
As empresas em São Paulo
devem cortar emissões em
20%, de acordo com lei estadual, de novembro. Os financiamentos também vão contribuir para elaboração de inventário de emissão de gases e de
projetos de MDL (mecanismo
de desenvolvimento limpo).
"Precisa fazer inventário para detectar quem emite mais."
JUÍZES DE NEGÓCIOS
"A economia brasileira está crescendo
cada vez mais rápido e
as empresas não podem perder tempo nos
negócios." Essa é a
afirmação do secretário-geral-adjunto da
Câmara Arbitral de
Milão (Itália), Rinaldo
Sali, que está no Brasil
para trocar informações e sugestões de
cooperação com o
Centro de Arbitragem
e Mediação da Câmara
de Comércio Brasil-Canadá. "O potencial
da arbitragem no Brasil é muito grande",
diz. Ao traçar um paralelo entre a Itália e o
Brasil, Sali vê similaridade entre as câmaras
dos dois países, como
os problemas de demora na justiça. "Com a
arbitragem é possível
ganhar tempo e dinheiro, além da competência dos árbitros,
que são especializados
no assunto, e da flexibilidade do processo",
afirmou. Além de Milão, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá
já fechou convênios
com entidades de Lisboa e Santiago. No
país, os principais assuntos tratados na arbitragem são das áreas
de direito societário,
fusões e aquisições e
contratos de construção de grandes obras,
segundo Frederico
Straube, presidente do
Centro de Arbitragem.
SANTOS EM ALTA
Os preços de venda de
imóveis corporativos em
Santos variam de R$ 800 a
R$ 2.450 o metro quadrado,
segundo estudo da consultoria Binswanger Brazil. A valorização é puxada pelos investimentos da Petrobras em um centro de operações no
município, que causou o
aquecimento do mercado e a
consequente falta de espaços, segundo Rafael Camargo, executivo da Binswanger.
PRODUÇÃO
A Mercedes-Benz confirma hoje novos investimentos
e aumento da capacidade de
produção da fábrica de São
Bernardo do Campo (SP).
SINO
O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, toca hoje o
sino de fechamento da Nyse,
para marcar os 12 anos em
que os papéis da operadora
são negociados na Bolsa.
DAS ANTIGAS
A seguradora Mongeral
Aegon comemora 175 anos
em 2010. "É a quarta empresa mais antiga do Brasil,
que não sofreu descontinuidade nem quebra", diz
Helder Molina, presidente
da companhia.
No ano passado, a seguradora associou-se à Aegon,
uma das grandes dos EUA.
Para 2010, a meta é fechar
150 parcerias com empresas e associações de classe.
Falta, porém, educação financeira para derrubar
preconceitos, afirma.
"Ninguém acorda querendo comprar seguro de
vida. Nem vender", diz ele.
"Mas quantas famílias ficaram desestruturadas
quando perderam o cabeça
da família?"
BNDES atrai a atenção de fundos
O presidente do BNDES
Luciano Coutinho almoçou
esta semana, em Londres,
com cerca de 15 executivos
dos maiores fundos de investimento globais.
Os investidores estrangeiros mostraram interesse pelo banco, que tem apresentado desembolso elevado, resultado financeiro positivo e
inadimplência reduzida, o
que representa baixo risco.
Diante dos efeitos da crise
financeira internacional, os
executivos veem no BNDES
uma boa oportunidade de investimento e deixaram claro
que a emissão de títulos do
banco no mercado externo
seria bem-vinda.
Nesse quesito especifico,
Coutinho, depois de responder a muitas perguntas sobre
a economia brasileira, optou
por apenas ouvir.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
Próximo Texto: Governo decide liberar tarifa para o trem-bala Índice
|