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Mudança agrada, mas dúvidas sobre viabilidade persistem
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Grupos interessados em participar do leilão de concessão
do projeto TAV (Trem de Alta
Velocidade) consideraram positiva, mas ainda insuficiente, a
flexibilização tarifária anunciada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
"Sem dúvida isso torna o projeto mais atrativo para os consórcios, mas não é tudo", disse
Hélcio Aunhão, diretor de desenvolvimento de novos negócios da Siemens Mobility, potencial fornecedora da tecnologia do trem-bala brasileiro, que,
no trajeto total, ligará o Rio de
Janeiro a Campinas (SP).
As dúvidas sobre o conteúdo
do edital são grandes. De acordo com Aunhão, há pelo menos
quatro dúvidas importantes. A
primeira é a incerteza quanto
ao estudo de demanda apresentado pelo governo. Em seguida,
os empreendedores também
conservam desconfiança em
relação ao custo final do projeto, estimado pela ANTT em R$
34 bilhões. Há estimativas que
superam os R$ 50 bilhões.
O valor em desapropriações
no caso de o empreendedor
propor um traçado diferente
daquele sugerido pelo governo
e o tempo para a concessão das
licenças ambientais são outros
aspectos de risco embutidos no
projeto, afirma Aunhão.
As empreiteiras nacionais,
com interesse na obra do trem-bala, gostariam que fossem realizadas duas licitações: uma para as obras civis e outra para a
escolha do operador do TAV. O
governo não atendeu ao pedido
dos eventuais interessados.
Outro pedido, também não
atendido, foi a extensão de prazo entre a publicação do edital e
a data de realização do leilão.
Os possíveis interessados pedem prazo de seis meses para
articular os grupos. O governo
considera esse tempo extenso
demais e aceita esperar apenas
60 dias, mas pode ceder.
Colaborou HUMBERTO MEDINA ,
da Sucursal de Brasília
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