São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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Diretor do IIF critica falta de reformas no país

Para ele, ausência delas é "semente" de populismo na AL

DA REDAÇÃO

O diretor-gerente do IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês), Charles Dallara, criticou ontem a falta de reformas estruturais no Brasil. "Esse é um problema que atinge até algumas das economias mais fortes da região [América Latina], como México e Brasil, onde há uma forte liderança política, mas não há vontade ou capacidade para encarar o problema", afirmou o dirigente em Washington.
Dallara, no entanto, ressaltou que os sinais apontam para uma possível reforma fiscal e trabalhista no Brasil.
Para o dirigente do organismo, que reúne mais de 375 instituições financeiras do mundo, a falta dessas reformas é uma das "sementes da crescente insatisfação nos últimos 20 anos", que deu origem a onda de governos populistas na América Latina. Ele falou que o populismo na região é um tema "muito preocupante".
Ele mencionou Equador e Bolívia como governos populistas e disse que esses países enviam "sinais contraditórios" que desincentivam os investimentos locais e internacionais e criam um ambiente pouco adequado para a criação de postos de trabalho e para uma maior produtividade.
Em relatório divulgado ontem, o IIF disse que a economia mundial deve crescer perto de 5% neste ano. Porém o estudo afirma que há "vulnerabilidades crescentes"para o panorama de expansão, como acontecimentos geopolíticos e desequilíbrios globais, que deixam "nuvens no futuro".
No caso dos desequilíbrios globais, o texto afirma que eles aumentam as perspectivas de protecionismo e de ajustes desordenados.


Com agências internacionais

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