São Paulo, quinta-feira, 05 de abril de 2007

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Bolsa bate novo recorde; estrangeiro domina pregão

Ibovespa sobe 0,57% e alcança novo patamar histórico; dólar recua a R$ 2,03

Investidor externo foi responsável por 34,5% dos negócios em março e 76,7% das ofertas de papéis brasileiros no 1º trimestre


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A valorização de 0,57% registrada ontem foi o suficiente para levar a Bolsa de Valores de São Paulo a um novo patamar histórico.
O índice Ibovespa, a principal referência da Bolsa paulista, fechou aos 46.553 pontos, nível nunca alcançado antes. No mercado de câmbio, o dólar recuou 0,15%, fechando a R$ 2,034, seu menor valor em seis anos.
O Banco Central informou ontem que comprou US$ 22 bilhões do mercado no primeiro trimestre do ano. Nos primeiros três meses de 2006, foram adquiridos apenas US$ 7,9 bilhões. Apesar do volume de compra, o máximo que o governo conseguiu foi reter um pouco o ritmo de apreciação da moeda brasileira.
Os pontos do índice Ibovespa oscilam de acordo com a variação dos preços das ações. Quando os papéis se valorizam, o índice vai a patamares mais elevados. Em outras palavras, o resultado de ontem quer dizer que as 58 ações que compõem o Ibovespa nunca valeram tanto.
No fim do pregão de terça, as companhias listadas na Bovespa valiam R$ 1,65 trilhão. Desse total, as maiores fatias eram representadas por Petrobras (R$ 212,78 bilhões) e Vale do Rio Doce (R$ 182,28 bilhões).
A alta da Bolsa paulista só não foi mais expressiva porque o mercado americano não teve um dia muito favorável.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou com alta de 0,16%; a Nasdaq subiu 0,34%.
Dos EUA, vieram dados econômicos não muito animadores. O instituto ISM informou que o índice que mede o desempenho do setor de serviços ficou mais baixo em março que em fevereiro -a expectativa era que ficasse mais elevado.
As encomendas à indústria americana também decepcionaram: tiveram elevação de 1% em fevereiro, quando se esperava uma alta de aproximadamente 1,9%.
No pregão de ontem, a alta das ações de maior peso no Ibovespa foi fundamental para o novo recorde. As ações da Petrobras (maior empresa da Bovespa) tiveram valorizações de 1,53% (ON) e 1,27% (PN). Já os papéis da Vale subiram 1,96% (ON) e 1,14% (PNA).
Apesar de haver atingido um novo patamar recorde, a valorização da Bovespa acumulada no ano não é tão impressionante, ficando em 4,68%. Os fundos de renda fixa têm rentabilidade acumulada neste ano em torno de 3,20%.

Estrangeiros
Nos últimos dias, os estrangeiros têm mantido o ritmo de compras de ações sentido desde a segunda metade de março -movimento fundamental para a Bovespa ter atingido o atual nível inédito.
Em março, os estrangeiros se mantiveram como a categoria com maior participação na Bolsa, com 34,5% dos negócios totais. O balanço dos negócios da categoria no mês mostrou que suas compras bateram as vendas em R$ 923,4 milhões.
Os investidores estrangeiros mostraram sua força também nas ofertas de ações feitas neste ano. O segmento ficou com 76,7% das ofertas de papéis realizadas por companhias brasileiras entre janeiro e março.


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