|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Custo alto faz banco oferecer produto alternativo ao cliente
DA REPORTAGEM LOCAL
Se por um lado o prêmio em
viagens é o principal estímulo
para o aumento da frequência
no uso de cartões de crédito, as
milhas também representam
um dos maiores custos dos
bancos no negócio de cartão.
Esse custo já é tão expressivo
que os bancos tentam premiar
com outros itens, como eletrodomésticos, diárias de hotel e
desconto em restaurantes.
Segundo Carlos Zanvettor,
diretor de cartões do Itaú Unibanco, há um departamento inteiro no banco que estuda os
hábitos de consumo dos clientes para propor formas alternativas de premiação com um
apelo tão chamativo quanto a
passagem de avião para as próximas férias.
No Banco do Brasil, os clientes que não conseguem juntar
pontos suficientes para voar
podem trocar por produtos de
menor valor ou até por créditos
no celular. O Santander tem
um programa de fidelidade em
que o cliente pode trocar seus
pontos por dinheiro na conta.
Nos EUA, bancos e emissores
de cartão gastam algo como
US$ 2,6 bilhões por ano na
compra de bilhetes aéreos e outros produtos para seus programas de fidelidade. No mercado
americano, em que o uso do
cartão de débito é crescente e o
de cartão de crédito está em
baixa, os bancos estão oferecendo mais milhas por cada dólar gasto como forma de estimular o uso. No Brasil, não há
dados consolidados.
Antigo parceiro do Smiles, o
Bradesco assumiu o seu próprio programa de fidelidade
quando a Varig passava por dificuldades. O cliente agora junta milhas no banco, podendo
trocar por passagens tanto do
Smiles quanto da TAM Fidelidade -ou outros produtos- no
site do cartão. Se o cliente não
tiver pontos suficientes, pode
pagar em dinheiro o que falta.
"Esse produto não foi criado
para competir com os programas das companhias aéreas.
São complementares. Mas logo
o cliente percebe que ele consegue trocar os pontos por mais
aqui no Bradesco", disse Marcio Parizotto, diretor do banco.
Além de programas próprios
de fidelização, o Bradesco e o
Banco do Brasil possuem cartões co-branded com a Gol, e o
Itaú, com a TAM. Segundo o diretor de marketing e cartões da
Gol, Murilo Barbosa, os cartões
co-branded são mais agressivos
em termos de pontuação.
"Esse não é um mercado sem
competição. Temos que ter
criatividade", disse Barroso,
que preside TAM e Multiplus.
Texto Anterior: Programa de milhagem alça voo para outros setores Próximo Texto: Marca Smiles foi a principal herança da Varig Índice
|