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LIGAÇÕES PERIGOSAS
Banco alegava parcialidade a favor de fundos de pensão em ação pelo controle de tele
Juíza é inocentada de acusação do Opportunity
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O Órgão Especial do Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, formado pelos 25 desembargadores mais antigos, inocentou a juíza Márcia Cunha, da 2ª
Vara Empresarial, das acusações
formuladas pelo grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.
Autora da decisão que levou ao
afastamento do Opportunity do
controle da Brasil Telecom, em
2005, a juíza sofria a ameaça de
um processo administrativo, a
partir de uma reclamação dos advogados do Opportunity de que
ela teria sido parcial em favor dos
fundos de pensão em uma ação
envolvendo a disputa societária
pelo controle da Brasil Telecom.
Cunha protagonizou uma discussão pública com o Opportunity, e denunciou, em entrevista
ao jornal "O Globo", que teria sido vítima de tentativa de suborno
por supostos intermediários do
Opportunity.
No ano passado, Dantas pediu
anulação da decisão da juíza
-suspensão do chamado "acordo guarda-chuva"- que lhe permitia controlar a cadeia societária
da Brasil Telecom mesmo com o
voto contrário dos fundos de pensão.
O Opportunity alegou que a juíza estaria sendo parcial no caso
porque a filha dela tinha sido estagiária de um escritório de advocacia que defendera os fundos no
processo. Simultaneamente, pediu que a juíza se declarasse suspeita e entrou com a reclamação
na corregedoria.
A juíza não se declarou impedida, e a decisão em favor dos fundos foi mantida em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do
Rio de Janeiro.
Ontem, ao ser procurada pela
Folha, limitou-se dizer que estava
"de alma lavada" com a decisão
do Órgão Especial do tribunal.
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