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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Febraban considera positivo plano de baixar compulsório
O presidente da Febraban,
Fábio Barbosa, considera bastante positiva a intenção do governo de reduzir a taxa de recolhimento compulsório sobre os
depósitos bancários.
Ele só não tem condições de
dizer ainda qual será o efeito
dessa medida sobre o "spread"
porque é preciso, antes, conhecer qual será o tamanho da redução do compulsório.
Barbosa diz, no entanto, que
uma taxa mais baixa do compulsório reduz o custo de captação do banco e aumenta a disponibilidade de empréstimos
das instituições financeiras.
Dessa forma, a tendência é a de
os bancos reduzirem os
"spreads".
O compulsório é uma das ferramentas de política monetária
do Banco Central para controlar a inflação. O Brasil possui a
maior taxa de compulsório do
mundo. Recentemente, a China elevou o compulsório em 0,5
ponto percentual, para 10,5%.
Relatório de 2005 do Banco
Central mostra que o compulsório representa uma parcela
de 7% sobre o "spread" cobrado
pelos bancos.
O restante do "spread", segundo o BC, é decomposto da
seguinte forma: 21,6% são custos administrativos; 33,97%,
inadimplência; 8,37%, tributos
e taxas; 0,26%, o custo do FGC
(Fundo Garantidor de Crédito); e 29,10% representam o resíduo bruto que sobra para os
bancos. O resíduo líquido, o lucro dos bancos, corresponde a
19,80% do "spread".
Ou seja, caso reduza mesmo
o compulsório, o Banco Central
estará mexendo na parcela de
apenas 7% sobre o "spread". E
não se deve esperar uma queda
significativa da taxa do compulsório. O efeito, portanto, pode
não ser tão grande, mas irá certamente gerar um impacto importante em termos de expectativa. Os bancos se verão forçados a fazer sua parte.
O governo está fazendo vários estudos sobre o "spread"
para negociar com os bancos
caminhos para baixar o juro.
Lula está consciente de que
precisa elevar o investimento
na economia, e, para isso, é necessário expandir o crédito.
ESTETOSCÓPIO
A Prevent Senior, especializada em planos de saúde para a terceira idade, até o final do ano, vai aumentar o número de hospitais do grupo em São Paulo. No começo de junho ela vai lançar seu terceiro hospital, que será localizado na região da avenida Paulista, em que foram investidos R$ 6 milhões. "A estratégia é de crescimento, mirando em um nicho de mercado que as demais operadoras rejeitam", afirma Fernando Parrillo, diretor-presidente da Prevent Senior. Em seguida será aberto um hospital no bairro da Liberdade, com investimento de R$ 8 milhões, e outro na Radial Leste, com R$ 4 milhões. No cronograma da empresa também há um empreendimento no bairro de Santo Amaro, com R$ 7 milhões e um na Bela Vista, em que serão investidos R$ 14 milhões. De acordo com Parrillo, a meta é que, até 2011, o número de hospitais "suba para 12, se o crescimento da carteira permitir".
MARKETING
O setor de marketing direto faturou R$ 15,1 bilhões em
2006, alta de 18% ante 2005, quando teve R$ 12,8 bilhões.
Em 2000, o faturamento foi de R$ 7,5 bilhões. Com o
crescimento, a participação do setor no PIB atualmente
se aproxima da propaganda, segundo Efraim Kapulski,
presidente da Abemd (associação de marketing direto).
"Mostra um interesse maior das empresas pela mensuração dos resultados", diz ele. As ferramentas para onde se
direcionam a maior parte dos recursos são call center,
contact center e telemarketing, seguidas por serviços de
internet e e-commerce. Na seqüência estão impressões
gráficas e distribuição e logística, e outros. Entre os maiores clientes estão as instituições financeiras.
CONTROLE NO BOLSO
Os moradores da região
metropolitana do Rio de Janeiro demonstraram que tiveram um grande controle
financeiro no mês de abril.
Cerca de 32% das famílias
terminaram com sobra no
orçamento, em comparação
com os 23,4% do mesmo período do ano passado. Os dados são da pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado do Rio de
Janeiro. Além disso, os fluminenses também aproveitaram para colocar suas contas em dia. Desde o início do levantamento, em julho de
2000, nunca, para o mês de
abril, o percentual de pessoas inadimplentes ficou tão
baixo quanto agora, de
22,6%.
IDADE
Em 2050, dos 9 bilhões de
habitantes da Terra, 2 bilhões terão mais de 60 anos.
No Brasil, o ritmo da longevidade é mais veloz: em
2005, só 4,42% da população tinha mais de 60 anos,
índice que atingirá 64 milhões de habitantes em
2050. As conseqüências serão debatidas no Forum de
Longevidade, da Bradesco
Vida e Previdência, dia 8, no
Hotel Sofitel, em Copacabana, bairro carioca com a
maior concentração de idosos do país. Entre os palestrantes estarão Alexandre
Kalache, Diretor do Programa de Envelhecimento e
Saúde da OMS, e o economista Eduardo Giannetti da
Fonseca.
APAGÃO
O presidente da Abinee,
Humberto Barbato, continua insistindo que os licenciamentos ambientais precisam ser superados para que
seja possível alavancar projetos de geração de energia
elétrica no país. "Não podemos ficar esperando que o
regime de chuvas continue
nos salvando de um racionamento. Se os investimentos
não forem agilizados, corremos o risco de um novo apagão a partir de 2010."
NA TAÇA
O criador do vinho Dròmos Maremma Toscano
IGT 2004, Francesco Bolla,
vem ao Brasil para um jantar
no Vecchio Torino, segunda,
em SP. Dono da vinícola Tenuta Poggio Verrano, Bolla
investiu em Maremma, região da Toscana tida por
muitos com descrédito para
a vitivinicultura. Hoje, a
produção do Dròmos chega
a 47 mil garrafas. No Brasil, o
vinho é exclusivo da World
Wine, de Celso La Pastina.
CAVALO
Acontecerá, no dia 19, o
décimo leilão internacional
de cavalos da raça Luso-Brasileiro, comandado pelo empresário Victor Oliva na
Coudelaria Ilha Verde com a
participação de criadores
como Tonico Pereira, Luis
Ermírio de Moraes, Manuel
Tavares de Almeida Filho,
Luiz Francisco de Assis Salgado, José Carlos dos Santos
Macedo, Heitor Nicenswajg,
Manuel Veiga, Manuel
Coimbra e Manuel Braga.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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