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MERCADO FINANCEIRO
Tamanho da operação de troca da dívida do país anima investidores; Bolsa sobe, e juros recuam
Argentina melhora humor do mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado doméstico respirou
ontem após a divulgação do volume da megatroca da dívida de
curto prazo da Argentina, que ficou acima do esperado. A Bovespa subiu 2,10% e os juros futuros
recuaram.
Já o dólar, depois de ser vendido em baixa durante quase todo
o dia, não sustentou o alívio inicial e fechou com o mesmo preço
de sexta. As tesourarias bancárias
preferiram manter suas posições,
o que fez a liquidez no mercado
de câmbio ser reduzida.
A compra de US$ 200 milhões
realizada por uma companhia do
setor de papel e celulose no final
da tarde também ajudou a fazer o
dólar fechar cotado a R$ 2,382,
segundo operadores.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), as projeções dos juros caíram. O recuo
mais forte foi registrado pelo
contrato DI (juro interbancário)
de outubro, que concentrou os
negócios.
A taxa nesse contrato caiu de
20,31% para 19,37% anuais. No
DI de julho, o de vencimento
mais curto, a taxa fechou em
17,52% anuais, ainda bem acima
da atual Selic (taxa básica), que
hoje está em 16,75%.
"Os prêmios desses contratos
estão elevados e, salvo alguma
notícia muito negativa, devem
continuar recuando", afirma
Maurício Zanella, diretor de derivativos do banco Loyds TSB.
Na Bovespa, apesar de a alta de
ontem ter sido a maior em três
semanas, o movimento negociado continuou tímido. O giro financeiro foi de apenas R$ 506
milhões.
O relatório do JP Morgan, que
recomendou o aumento de ações
brasileiras nas carteiras de investimentos em detrimento das mexicanas e chilenas, também foi
um fator positivo para os negócios na Bolsa paulista ontem.
Os investidores aproveitaram
para comprar alguns papéis que
já recuaram expressivamente
neste ano. O papel Globo Cabo
PN, que perdeu mais de 50% de
seu valor entre o fim de 2000 e o
pregão da última sexta-feira, teve
valorização de 8% ontem.
Os títulos das dívidas brasileira
e argentina mais negociados no
exterior fecharam ontem com ganhos. Os C-Bonds, papéis brasileiros, subiram 0,34%. Já os FRBs
argentinos fecharam com valorização de 1,58%.
(FABRICIO VIEIRA)
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