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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
"País não ficou de joelhos", diz Bradesco
A turbulência que assustou
os mercados financeiros no
mundo inteiro foi um bom teste para a economia brasileira. O
"terremoto" não abalou o país
como nas outras vezes. O Brasil
mostrou que tem resistência
para enfrentar novas crises internacionais.
A avaliação é do economista
Octavio de Barros, diretor de
pesquisas e estudos econômicos do Bradesco. Segundo ele, a
crise recente foi a "prova dos
nove" da capacidade de resistência da atividade produtiva.
"O país não ficou de joelhos como no passado", diz.
Para o economista, um bom
indicador da saúde econômica
do país é a volatilidade do crescimento do PIB. Quanto melhores os fundamentos da economia, menor a volatilidade do
PIB. Desde a adoção do câmbio
flutuante, o ritmo do crescimento do PIB se alterou menos
(como se verifica no gráfico acima). "Apesar de estar longe do
crescimento dos nossos sonhos, a volatilidade do PIB é
bem menor", diz Barros.
O economista aposta num
crescimento do PIB para este
ano de 3,8%, mas com viés de
alta. Ou seja, na próxima revisão dos cenários do departamento econômico do Bradesco,
é possível que o índice suba alguns poucos degraus.
Barros afirma que a turbulência não alterou as suas previsões. Apesar da desaceleração
no ritmo do crescimento das
exportações, o Bradesco aposta
num superávit comercial de
US$ 43,4 bilhões neste ano e no
dólar na faixa entre R$ 2,10 e
R$ 2,20 em dezembro. "As forças gravitacionais jogam a favor
da apreciação do câmbio", afirma o economista.
A grande incerteza, na opinião de Barros, é com relação
ao comportamento do Fed. Sua
expectativa, no entanto, é a de
que os juros nos EUA vão aumentar para 5,25% no dia 29 de
junho, e, depois, o Fed irá fazer
uma parada técnica.
FRENTE DE OPOSIÇÃO
Uma frente de oposição
está sendo formada para disputar a presidência da OAB-SP, em novembro. Três dos
cinco candidatos, que disputaram o pleito anterior, decidiram apoiar a candidatura
de Rui Fragoso: Rosana
Chiavassa, Walter Uzzo e Vitorino Antunes. Nos próximos dias, Roberto Teixeira
também deve aderir.
PARCERIA
O Grupo Cherto acertou
parceria com a consultoria
americana MSA (Michael
Seid & Associates) para
atuar no mercado internacional de franchising. O grupo, que possui projetos em
andamento no Chile, Paraguai e Argentina, tem como
meta nos próximos três anos
atingir 10% da receita advinda de projetos no exterior.
REGRESSO
Quase dez anos depois de deixar o Brasil, na esteira de
uma reestruturação interna, a Proudfoot Consulting retorna ao país. Um das principais consultorias do mundo
com foco na atuação operacional, ela planeja crescer no
país por meio de sua expertise em setores em que tem
contratos com as principais empresas do mundo, como o
de mineração, diz o paulista Luiz Carvalho, CEO da
Proudfoot e que começou na unidade brasileira nos anos
80. O retorno também está relacionado ao amadurecimento da economia brasileira e ao potencial de crescimento, diz o austríaco Manfred Stanek, presidente da empresa britãnica no Brasil. Segundo Carvalho, a intenção é
que a operação no país torne-se base de negócios para toda a América Latina e que possa retornar aos níveis dos
anos 90, quando chegou a ter quase 200 funcionários.
VISÃO DE MERCADO
Desenvolver estratégias e agregar valor a marcas nacionais
e licenciar grifes do exterior. Com esses dois campos de negócios bem definidos, nasceu há três anos a brasileira General Optical. No período, a empresa se especializou no primeiro nicho e lançou até marcas próprias, em que se associou a celebridades como Ana Hickmann e Wanessa Camargo, que
emprestam suas assinaturas. "Pensamos todo o processo, o
que não existia para marcas nacionais. Criamos campanhas,
a linguagem e definimos posicionamento e distribuição", diz
o diretor-geral Ronaldo Silva Pereira Jr. A empresa, porém,
também investe no outro "front" e acaba de assumir o gerenciamento, relacionada à distribuição, das linhas de óculos
da francesa Cartier no país. No segundo semestre, será a vez
das grifes Trussardi, Gianfranco Ferre e All Star. O próximo
passo, em 2007, pode ser passar a produzir no Brasil, mas
desde que haja parceiros na empreitada, diz Pereira Jr.
PRÓ-EXPORTAÇÃO
A Apex realiza na sexta em
Campinas, com o Ciesp, o
seminário "Promoção às Exportações e Inteligência Comercial no Atual Cenário
Econômico". O encontro terá a presença do ministro
Furlan (Desenvolvimento).
POUPANÇA MAIOR
Cerca de 60% dos consumidores da região metropolitana do Rio com ganhos
acima de 20 salários mínimos afirmaram ter poupado
dinheiro em maio, segundo
a Fecomercio RJ. Em abril, o
índice estava em 51,1%.
MASSAS NA MESA
A Abima (associação das
indústrias de massas alimentícias) promove amanhã e na quarta-feira, em
São Paulo, uma rodada de
negócios com grandes compradores da América Latina
e da África para apresentar
o macarrão brasileiro.
MAIS SEGURO
A Aliança do Brasil, coligada ao Banco do Brasil, teve
expansão de cerca de 50%
em prêmios totais no ramo
de seguros empresariais no
primeiro trimestre ante o
mesmo período de 2005.
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