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Mantega nega fim de IR para investimento
Ministro afirma que não há estudo para revogar a isenção de imposto para compra de títulos por estrangeiros
DA REUTERS
DA REDAÇÃO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo estude retomar a cobrança
de Imposto de Renda de estrangeiros que investem em títulos públicos e ressaltou que o
câmbio do país é flutuante.
"Não há nenhum estudo da
Fazenda no sentido de recolocar o imposto para investidor
estrangeiro [na compra de títulos públicos]. Quem coordena
isso é a Fazenda e não há nenhum estudo", disse ele ao ser
questionado sobre reportagem
publicada ontem pela Folha.
A isenção foi uma medida
adotada para estimular a entrada de dólar no país. A discussão
sobre seu fim teria voltado voltado à mesa do governo, embora não fosse concensual, como
uma forma de tentar reduzir as
seguidas quedas do dólar. Desde fevereiro de 2006, quando o
IR deixou de ser cobrado, a entrada de dólares destinada à
compra da dívida por estrangeiros mais que quadruplicou.
Mantega falou que deve haver modificação de tributos para o setor automotivo, em uma
proposta de política industrial
que deve ser anunciada em 30
dias. A informação foi dada ontem pelo ministro após reunião
com a Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de
Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças).
Segundo Mantega, o setor espera um sinal mais claro de
melhora nas condições de exportação para aumentar os investimentos. "O setor formulou propostas que vamos analisar", disse o ministro. "Nos
próximos 20 a 30 dias podemos
dar respostas a essas propostas
e anunciar uma política industrial para o setor."
O ministro preferiu não detalhar o plano, mas afirmou
que não houve pedidos relacionados diretamente ao câmbio
por parte de Anfavea e Sindipeças, mas sobre redução de tributos e custos financeiros.
Mantega disse que alguns dos
pedidos são "exequíveis".
O presidente da Anfavea,
Jackson Schneider, afirmou
que a expectativa da entidade é
que o país produza 2,8 milhões
de veículos em 2007, diante de
capacidade instalada de 3,5 milhões de unidades.
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