São Paulo, terça-feira, 05 de junho de 2007

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Mantega nega fim de IR para investimento

Ministro afirma que não há estudo para revogar a isenção de imposto para compra de títulos por estrangeiros

DA REUTERS
DA REDAÇÃO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo estude retomar a cobrança de Imposto de Renda de estrangeiros que investem em títulos públicos e ressaltou que o câmbio do país é flutuante.
"Não há nenhum estudo da Fazenda no sentido de recolocar o imposto para investidor estrangeiro [na compra de títulos públicos]. Quem coordena isso é a Fazenda e não há nenhum estudo", disse ele ao ser questionado sobre reportagem publicada ontem pela Folha.
A isenção foi uma medida adotada para estimular a entrada de dólar no país. A discussão sobre seu fim teria voltado voltado à mesa do governo, embora não fosse concensual, como uma forma de tentar reduzir as seguidas quedas do dólar. Desde fevereiro de 2006, quando o IR deixou de ser cobrado, a entrada de dólares destinada à compra da dívida por estrangeiros mais que quadruplicou.
Mantega falou que deve haver modificação de tributos para o setor automotivo, em uma proposta de política industrial que deve ser anunciada em 30 dias. A informação foi dada ontem pelo ministro após reunião com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Segundo Mantega, o setor espera um sinal mais claro de melhora nas condições de exportação para aumentar os investimentos. "O setor formulou propostas que vamos analisar", disse o ministro. "Nos próximos 20 a 30 dias podemos dar respostas a essas propostas e anunciar uma política industrial para o setor."
O ministro preferiu não detalhar o plano, mas afirmou que não houve pedidos relacionados diretamente ao câmbio por parte de Anfavea e Sindipeças, mas sobre redução de tributos e custos financeiros. Mantega disse que alguns dos pedidos são "exequíveis".
O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, afirmou que a expectativa da entidade é que o país produza 2,8 milhões de veículos em 2007, diante de capacidade instalada de 3,5 milhões de unidades.


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