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Crise triplica pedidos de recuperação judicial
Movimento de falências recua em relação a 2008
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a crise financeira, triplicou neste ano o número de pedidos de recuperação judicial,
instrumento em que empresas
com risco de insolvência ganham tempo para retomar o
pagamentos aos credores.
De janeiro a maio, as empresas brasileiras deram entrada
em 334 pedidos de proteção
contra a execução de dívidas,
segundo a Serasa Experian. No
mesmo período de 2008, só 114
pedidos foram encaminhados.
O levantamento mostrou
uma aceleração no número de
pedidos de recuperação judicial em maio. No mês passado,
as empresas fizeram 70 novos
pedidos à Justiça. Em abril, foram 53 pedidos.
Para Marcio Torres, gerente
de análise de crédito da Serasa,
os números mostram os efeitos
da crise nas condições de financiamento das empresas, especialmente as ligadas ao setor
externo. "Vemos que as empresas mais alavancadas tiveram
problemas", disse.
Para a Serasa, a redução dos
juros, a entrada de capital externo e a recuperação no consumo ainda não se refletiu na
solvência das empresas. "Se os
bons sinais se confirmarem,
pode-se esperar um segundo
semestre melhor para as empresas, com queda nos indicadores de insolvência."
Em consequência do crescimento dos pedidos de recuperação judicial, o número de falências requeridas e deferidas
recuou neste ano em relação a
2008. De janeiro a maio, foram
encaminhados 945 pedidos de
falência -menos do que os 975
do mesmo período de 2008. A
Justiça decretou 334 falências
neste ano, contra 408 no ano
passado.
(TONI SCIARRETTA)
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