São Paulo, sexta-feira, 05 de junho de 2009

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Ministros divergem sobre reforma tributária

Para Múcio, aprovação pode sair já; para Bernardo, não

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Múcio (Relações Internacionais) deram ontem opiniões divergentes sobre a aprovação da proposta de reforma tributária, um dos itens considerados prioritários na agenda legislativa do governo.
Múcio disse que tem conversado com líderes governistas e afirmou que há espaço para a matéria ser "aprovada nas próximas semanas". Ele diz que o Executivo fez a sua parte e que, para a matéria ganhar contornos oficiais, depende exclusivamente da vontade política do Congresso, onde a proposta aguarda votação em primeiro turno na Câmara.
Ele reconheceu que a proposta encontra resistência de todos os lados, mas que a reforma é necessária. "Talvez não tenhamos chegado ao sonho nosso, de uma reforma perfeita. Mas ela é necessária."
O otimismo de Múcio não foi reforçado por Bernardo, que chegou a afirmar, ao final da reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), que a reforma tributária não deve ser votada no governo do presidente Lula.
"É um desafio que deveria ter sido vencido, mas tudo indica que nós vamos terminar 2010 sem ter feito a reforma tributária." Em seu discurso, Bernardo destacou que, mesmo sem a reforma, o governo vem reduzindo tributos, principalmente após o agravamento da crise no final do ano passado.
A proposta de reforma tributária enfrenta resistências de governadores, que não aceitam mudanças na cobrança do ICMS, apontada como a saída para o fim da guerra fiscal.


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