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Ministros divergem sobre reforma tributária
Para Múcio, aprovação pode sair já; para Bernardo, não
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Os ministros Paulo Bernardo
(Planejamento) e José Múcio
(Relações Internacionais) deram ontem opiniões divergentes sobre a aprovação da proposta de reforma tributária, um
dos itens considerados prioritários na agenda legislativa do
governo.
Múcio disse que tem conversado com líderes governistas e
afirmou que há espaço para a
matéria ser "aprovada nas próximas semanas". Ele diz que o
Executivo fez a sua parte e que,
para a matéria ganhar contornos oficiais, depende exclusivamente da vontade política do
Congresso, onde a proposta
aguarda votação em primeiro
turno na Câmara.
Ele reconheceu que a proposta encontra resistência de
todos os lados, mas que a reforma é necessária. "Talvez não tenhamos chegado ao sonho nosso, de uma reforma perfeita.
Mas ela é necessária."
O otimismo de Múcio não foi
reforçado por Bernardo, que
chegou a afirmar, ao final da
reunião do CDES (Conselho de
Desenvolvimento Econômico e
Social), que a reforma tributária não deve ser votada no governo do presidente Lula.
"É um desafio que deveria ter
sido vencido, mas tudo indica
que nós vamos terminar 2010
sem ter feito a reforma tributária." Em seu discurso, Bernardo destacou que, mesmo sem a
reforma, o governo vem reduzindo tributos, principalmente
após o agravamento da crise no
final do ano passado.
A proposta de reforma tributária enfrenta resistências de
governadores, que não aceitam
mudanças na cobrança do
ICMS, apontada como a saída
para o fim da guerra fiscal.
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