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Telefônica promete ressarcir os clientes; falhas persistem
DENYSE GODOY
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
A Telefônica afirmou que
pretende ressarcir os assinantes do Speedy pelo apagão da
internet e de sistemas de transmissão de dados ocorrido no
Estado de São Paulo na quinta-feira. Embora a companhia tenha dito que a pane havia sido
completamente solucionada
por volta das 23h de quinta,
usuários ainda sofriam com o
problema ontem.
Segundo a Abranet (Associação Brasileira de Provedores de
Internet), boa parte do serviço
tinha retornado até o fechamento desta edição, mas muitos provedores ainda enfrentavam dificuldades, deixando
empresas e clientes residenciais do Speedy sem acesso. "À
tarde, aumentaram as reclamações sobre lentidão no sistema,
no interior e na cidade de São
Paulo", disse Eduardo Parajo,
presidente da Abranet. O governo estadual informou que
seu sistema estava normalizado desde o início do expediente.
"A gente não pode e não vai
cobrar um serviço que não foi
prestado, mesmo que por ação
involuntária. Indenizaremos
todos os clientes Speedy. Ainda
estudamos com o Procon [Fundação de Proteção e Defesa do
Consumidor] a forma de ressarcimento"", disse Antônio
Carlos Valente, presidente da
Telefônica.
Valente levou uma proposta
de reparação para representantes de órgãos de defesa do consumidor, com quem se reuniu
na tarde de ontem. Ofereceu,
para os assinantes do Speedy,
um reembolso um pouco maior
que o valor pago pelo período
em que o serviço ficou fora do
ar, o qual não foi aceito por seus
interlocutores. "Os prejuízos
sofridos pelos clientes foram
muito superiores à impossibilidade de usar a internet no período. Temos esperança de que
haverá desconto de um valor
significativo nas mensalidades", diz Karina Grou, advogada do Idec (Instituto de Defesa
do Consumidor). Esse valor pode ser o correspondente a 72
horas de serviço.
As entidades também querem a abertura de um canal especial de atendimento para os
assinantes que tiverem documentos comprovando perdas
maiores.
Já quem não é cliente da Telefônica, mas também sofreu
com a paralisação de bancos e
órgãos públicos, terá as suas reclamações ouvidas pela operadora, segundo o Procon. Além
disso, a empresa pode fazer um
depósito a título de indenização coletiva a um fundo de interesses difusos, cujos recursos,
administrados pelo poder público, vão para projetos de interesse da sociedade.
As negociações continuam
na segunda-feira. Se o consumidor não ficar satisfeito com a
proposta final da Telefônica,
ainda poderá entrar na Justiça.
No dia 7, a companhia também começa a conversar com
seus 900 maiores clientes corporativos, com quem ela mantém contratos prevendo multas
em caso de falhas e interrupção
do serviço.
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