São Paulo, sábado, 05 de agosto de 2006

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MERCADO ABERTO

PIB cresce 4,5% neste ano, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que a queda de 1,7% na produção industrial de junho em relação a maio não vai impedir que o PIB cresça entre 4% e 4,5% neste ano. "A economia se desacelerou por razões conhecidas e já voltou a se acelerar também por razões conhecidas", diz.
Segundo ele, essa queda em junho se deve, principalmente, ao efeito Copa do Mundo. Julho já irá mostrar uma franca recuperação. "A economia não funciona numa linha reta. Sempre ocorrem oscilações", diz.
O resultado de junho da indústria, no entanto, surpreendeu o mercado, e muito provavelmente o Banco Central, segundo o economista Octavio de Barros, diretor de pesquisa macroeconômica do Bradesco. A última ata do Copom apostava na continuidade do crescimento da média móvel de três meses, e o resultado mostrou uma pequena queda.
Mesmo assim, Barros não vê motivos para que o Copom promova um corte na taxa Selic maior do que a prevista pelo mercado. O economista continua apostando em uma redução de 0,25 ponto percentual na próxima reunião.
Até porque, segundo Barros, há sinais claros da recuperação em julho. Os dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), por exemplo, indicam um aumento do consumo de energia de 5,5%. A economia no segundo semestre deverá ser melhor do que no primeiro.
O Iedi é mais pessimista. A despeito dos argumentos de que junho foi atípico, o instituto considera que o desempenho industrial no primeiro semestre de 2006 foi apenas modesto. Para o Iedi, o que estes resultados indicam é que a indústria deverá promover um significativo reforço de performance para crescer entre 5% e 6%, o resultado esperado para tornar possível o crescimento da ordem de 4% do PIB.

DESIGN NO LABORATÓRIO
A Cinex, uma das maiores empresas de mobiliário de vidro e alumínio da AL, acaba de montar um laboratório de tendências de design em sua loja nos Jardins, em SP. Ela pretende oferecer a seus clientes, como Tok&Stok, Schattdecor e Formaplas, uma biblioteca e uma galeria de novos materiais vindos da Europa, além de promover debates entre entidades e profissionais do setor. No segundo semestre, o laboratório terá eventos com designers europeus. "Já convidamos profissionais do Politécnico de Milão [universidade]", diz César Cini, presidente da Cinex.

NO CLIMA DO VINHO
Impulsionada pela explosão da cultura de vinhos no Brasil, a Art des Caves, especializada em adegas climatizadas, tem seu boom em 2006. Com uma loja batizada Maison des Caves localizada nos Jardins (SP), a empresa prepara outro ponto-de-venda no shopping Morumbi, inaugura outro, na terça, no Rio, e acaba de abrir um quiosque, em Brasília. "As lojas são uma espécie de butique de adegas, onde é possível comprar vinho e adquirir mais cultura sobre a bebida", diz o sócio-diretor Marco Antonio Fernandes. Como parte do projeto de difusão dessa cultura, a Art des Caves acaba de comprar o argentino Clube de Vinhos Dionisio, com 800 membros. "Nosso objetivo é chegar ao fim do ano com 2.000."

CORTE E COSTURA
A Abimaq vai atuar nas áreas de patenteamento, extensionismo e tecnologia industrial básica. Com o projeto, que faz parte da política industrial do governo e tem apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, a entidade pretende levar técnicos especializados de institutos de pesquisa às empresas de diferentes Estados para diagnosticar sistemas de gestão, qualificação de produtos e fabricação e capacitar funcionários. As ações tem objetivo de reduzir custos e ganhar produtividade.

CRÉDITO EM ALTA
A carteira de crédito foi um dos destaques na apresentação do balanço semestral do Itaú. Incluindo avais e fianças, a carteira apresentou crescimento de 27,5% sobre o primeiro semestre de 2005, atingindo R$ 74,7 bilhões. O bom desempenho foi impulsionado principalmente por pessoas físicas, que avançaram 49% no período, respondendo por R$ 33,9 bilhões. Outro destaque foi o financiamento de veículos, com alta de 12,8% do saldo das operações, totalizando R$ 14 bilhões.

DÉCIMO TERCEIRO
O Banco do Brasil inicia na segunda-feira as contratações de capital de giro para as empresas pagarem o décimo-terceiro salário dos seus empregados. A expectativa é que o relançamento antecipado da linha proporcione maior procura pelas empresas e que o volume de negócios supere o de 2005. A linha é destinada às pessoas jurídicas da indústria, do comércio e de prestação de serviços de portes diversos e possibilita o financiamento de até 100% do valor da folha de pagamento, mais os encargos sociais incidentes.

NOVA LOJA
Na próxima quinta, a Lojas Americanas inaugura a 16ª loja no formato Express em São Paulo, na rua do Arouche, região central. A filial, com 400 m2, teve investimento de R$ 1,5 milhão. Com essa unidade, que deve gerar 60 empregos, a rede alcança a marca de 210 lojas em todo o Brasil.

FESTA NO INTERIOR
A Telefutura abre nova unidade de call center no interior paulista, com 3.500 vagas. A cidade escolhida foi São José dos Campos.

DINHEIRO NO BOLSO
No Rio de Janeiro, a situação financeira do consumidor em julho é a melhor dos últimos sete anos, de acordo com levantamento do Instituto Fecomércio-RJ. A POD (Pesquisa de Orçamento Doméstico) aponta que o percentual de famílias com sobra de dinheiro, depois de pagar todas as contas, é o maior desde que a série começou a ser pesquisada, em 2000. Em julho de 2006, o índice atingiu 32,4%.


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