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Bolsa de SP termina a semana com alta de 1,25%
Mercado espera decisão
do BC americano na terça
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo terminou a semana com
valorização acumulada de
1,25%. Durante todo o pregão
de ontem, o Ibovespa (o mais
relevante índice da Bolsa) operou em alta: chegou a marcar
ganho de 1,93% e fechou com
valorização de 1,06%.
Os números do mercado de
trabalho norte-americano,
apresentados na manhã de ontem, apontaram para uma economia em desaceleração,
abrindo espaço para o mercado
financeiro ter um dia de negócios relativamente tranqüilo.
Na terça-feira, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos
Estados Unidos) vai se reunir
para definir como ficam os juros do país.
O mercado está dividido entre os que esperam que o Fed
mantenha a taxa americana
inalterada e os que vêem a possibilidade de os juros subirem
0,25 ponto percentual. A taxa
está em 5,25% ao ano.
Na quinta-feira, os bancos
centrais inglês e europeu elevaram suas taxas de juros. Na Inglaterra, a taxa subiu de 4,5%
para 4,75%, e na zona do euro,
de 2,75% para 3%.
Segundo análise do departamento de pesquisas e estudos
econômicos do Bradesco, as decisões "sinalizam que o fenômeno atual de inflação pressionada não se restringe a uma ou
outra economia, mas aflige de
forma mais generalizada as
economias industriais".
Se os juros não forem elevados nos Estados Unidos, haverá
espaço para os mercados emergentes e as Bolsas de Valores
em todo o mundo subirem.
A concretização de um cenário internacional mais calmo
aumentaria as chances de a taxa básica brasileira, a Selic, cair
mais até o fim do ano.
Segundo a última projeção
do mercado coletada pelo BC, a
previsão média aponta que a
Selic estará em 14%. Hoje ela
está em 14,75%.
O dólar teve uma pequena alta de 0,37% na semana. Ontem,
com mais uma intervenção do
Banco Central, o dólar terminou as operações a R$ 2,183
(em alta de 0,23%).
Operadores do mercado estimam que o BC tenha comprado
aproximadamente US$ 300
milhões de 15 instituições financeiras ontem.
Ações
A ação ON (ordinária) da
Perdigão foi a quem mais perdeu na semana -dentre as 54
que formam o Ibovespa. A queda de 9,29% sofrida pela Perdigão ainda foi reflexo do cancelamento da oferta que havia sido feita pela Sadia para adquirir
seu controle.
Os papéis da Contax também
tiveram uma semana ruim. A
ação preferencial da empresa
recuou 9,03%, e a ordinária
perdeu 3,14%. A queda desses
papéis foi influenciada pelo fato de a Contax ter ficado de fora
da primeira prévia do Ibovespa
para a carteira que vai valer de
setembro a dezembro.
Fazer parte das ações que
compõem o Ibovespa representa uma importante propaganda para as empresas.
Na semana, 32 das 54 ações
do Ibovespa terminaram com
valorização.
Quem mais subiu na semana
foi o papel ordinário da Arcelor
BR, que teve alta de 8,69%. Logo atrás ficaram as ações preferenciais da Telesp (6,72%) e da
Vivo (5,28%).
O Ibovespa começou bem o
mês de agosto e já acumula valorização de 2,08%. No ano, a
Bolsa registra valorização de
13,13%.
O risco-país brasileiro recuou 0,90% na semana, terminando as operações de ontem a
220 pontos. Apesar de estar em
um de seus níveis mais baixos,
o indicador brasileiro ainda é
quase o dobro do mexicano,
que está em 119 pontos.
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