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Governo evita a reestruturação das companhias
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
As medidas do governo
para auxiliar as empresas aéreas não mexeram com o
principal problema do setor:
o excesso de companhias.
Um programa nacional de
reestruturação da aviação
comercial, com fusões de
empresas, vinha sendo
apontado por analistas como a medida mais importante a ser tomada.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio optou, no entanto, por
não abordar o problema,
apesar das inúmeras reuniões que teve com empresários e sindicalistas do setor
nos últimos meses.
O que as companhias aéreas mais queriam do governo era uma injeção de capital. O objetivo era conseguir
que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) recebesse títulos das empresas e
antecipasse os valores que
elas têm a receber dos Estados, devido à cobrança do
ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços), considerada ilegal
pela Justiça.
As empresas irão hoje fazer os cálculos dos benefícios do pacote. Para o consultor José Carlos Martinelli,
a isenção de pagamentos de
impostos no leasing (aluguel) e seguros de aeronaves
poderá ter um peso importante na redução dos custos
das companhias.
O aluguel mensal de US$
150 mil de um Boeing 737-300, por exemplo, pode cair
30%. Para Mauro Guimarães, diretor de assuntos corporativos da TAM, o mais
importante do pacote será a
eliminação do Imposto de
Importação na compra de
componentes.
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