São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002

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Governo evita a reestruturação das companhias

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

As medidas do governo para auxiliar as empresas aéreas não mexeram com o principal problema do setor: o excesso de companhias. Um programa nacional de reestruturação da aviação comercial, com fusões de empresas, vinha sendo apontado por analistas como a medida mais importante a ser tomada.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio optou, no entanto, por não abordar o problema, apesar das inúmeras reuniões que teve com empresários e sindicalistas do setor nos últimos meses.
O que as companhias aéreas mais queriam do governo era uma injeção de capital. O objetivo era conseguir que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) recebesse títulos das empresas e antecipasse os valores que elas têm a receber dos Estados, devido à cobrança do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), considerada ilegal pela Justiça.
As empresas irão hoje fazer os cálculos dos benefícios do pacote. Para o consultor José Carlos Martinelli, a isenção de pagamentos de impostos no leasing (aluguel) e seguros de aeronaves poderá ter um peso importante na redução dos custos das companhias.
O aluguel mensal de US$ 150 mil de um Boeing 737-300, por exemplo, pode cair 30%. Para Mauro Guimarães, diretor de assuntos corporativos da TAM, o mais importante do pacote será a eliminação do Imposto de Importação na compra de componentes.


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