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Alta do dólar contribui para aumentar dívidas
DA REPORTAGEM LOCAL
Todas as companhias aéreas estão com dívidas acumuladas atualmente. Sérios problemas administrativos, aliados à alta do dólar neste ano, têm afetado mais
o desempenho de algumas empresas.
A companhia que está em situação mais complicada é a Varig, com débitos de US$ 900 milhões (mais de R$ 2,7 bilhões) com o governo, bancos e empresas privadas, como a BR Distribuidora.
A Vasp tem débitos acumulados de R$ 2 bilhões com o INSS, Receita Federal e outras entidades. Sua assessoria afirmou ontem que a dívida já foi alongada.
A crise chegou até mesmo à TAM e à Gol, empresas que se orgulhavam de não ter nenhuma dívida atrasada.
As duas companhias aceitaram participar de um programa financeiro da Infraero -empresa estatal que administra os aeroportos. A Infraero aceitou adiar a cobrança das taxas de pouso e permanência de aviões nos aeroportos
por mais de 30 meses.
A TAM, por exemplo, deve cerca de R$ 80 milhões para a Infraero. A Gol tem débitos em torno de
R$ 15 milhões. Já a Varig e a Vasp
devem, respectivamente, cerca de
R$ 250 milhões e R$ 120 milhões
com a empresa estatal.
As dívidas atrasadas com a Infraero têm taxa anual de juros de
19,5%, contra cerca de 50% cobrados por bancos privados para o financiamento de empréstimos para empresas.
Os balanços das companhias aéreas também não são nada animadores. A Varig é a que está em situação mais crítica. Somente no primeiro trimestre teve prejuízo
de R$ 135,1 milhões. A valorização do dólar, que representa cerca de
40% dos custos da empresa, pesou no resultado.
(LV)
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