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MERCADO FINANCEIRO
Alta dos C-Bonds ajudou a fazer o indicador fechar a 665 pontos; Bovespa teve ganho de 0,45%
Risco-país cai a menor nível desde 2000
DA REPORTAGEM LOCAL
A boa alta registrada ontem pelos C-Bonds ajudou a fazer o risco-país fechar em seu menor nível
desde setembro de 2000, aos 665
pontos. Os títulos da dívida brasileira de maior negociação no
mercado internacional subiram
1,18%, para encerrar as operações
a US$ 0,9125. O risco-país apresentou um recuo de 2,5%.
A queda do risco-país para níveis tão baixos é uma boa notícia
para empresas (ou mesmo para o
governo) que queiram captar recursos no mercado internacional.
Quanto mais o indicador cai, menores as perspectivas de o país dar
calote em suas dívidas. Se desce a
patamares menores, há maior facilidade -e a custos menores-
de captar lá fora.
No mercado local, o dia também foi de otimismo. A Bovespa
voltou a subir e a moeda americana recuou para seu menor preço
em quase 40 dias.
A alta das ações da Petrobras foi
fundamental para a Bolsa de Valores de São Paulo alcançar novo
nível recorde no ano, aos 15.704
pontos. O ganho de ontem da
Bolsa foi de 0,45%.
As ações da Petrobras subiram
3,47% (preferenciais) e 3,28% (ordinárias), embaladas pela notícia
sobre a reavaliação do tamanho
das reservas de gás natural na bacia de Santos (SP).
A aprovação da reforma tributária em primeiro turno na Câmara dos Deputados ajudou a manter o clima positivo no mercado.
O dólar caiu 1,01%, para fechar
vendido a R$ 2,932. A expectativa
de novas captações no exterior,
como uma de US$ 300 milhões
que o mercado espera que a cervejaria AmBev feche em breve,
deve manter o dólar abaixo dos
R$ 3,00, avaliam analistas.
O volume financeiro negociado
no pregão de ontem da Bolsa paulista seguiu forte, ficando em
R$ 1,2 bilhão.
O papel preferencial "B" da Celesc foi o que registrou a maior valorização do dia, de 6,5%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros cederam
mais um pouco. O contrato DI
-que considera as operações entre bancos- de prazo de vencimento em janeiro fechou com taxa de 19,56% ao ano.
Descontado o custo para as instituições financeiras ficarem com
o contrato, essa taxa projeta a expectativa de uma Selic em torno
de 18,5% no fim do ano. Hoje, a
taxa básica está em 22% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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