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Gasoduto Brasil-Bolívia perde valor
DA REPORTAGEM LOCAL
O gasoduto Brasil-Bolívia, hoje
subutilizado, deixará de ser uma
das fontes essenciais de gás natural do Brasil, com a descoberta da
reserva de 400 bilhões de m3 do
combustível na bacia de Santos.
Paulo Ludmer, presidente da
Abrace (associação dos grandes
consumidores de energia), afirmou ontem que a nova reserva de
gás descoberta pela Petrobras
permitirá ao país acelerar o uso
do gás natural.
"A nova reserva garantirá ao
país serenidade nas negociações
para a compra de gás da Bolívia,
da Argentina, do Peru e de outros
países que podem ser fornecedores, como a Venezuela", disse
Ludmer. O gás da nova reserva,
no entanto, deve começar a ser
consumido por volta de 2007.
Atualmente, 13 milhões de m3
de gás passam pelo gasoduto Brasil-Bolívia, contra uma capacidade de 24 milhões de m3. Para indústrias brasileiras, o produto é
caro. Para chegar até os fornos de
empresas na Grande São Paulo,
pode custar R$ 0,60 por m3, incluindo a taxa que os intermediadores cobram para trazê-lo.
"Os preços do gás trazido pelo
gasoduto Brasil-Bolívia foram
mal negociados desde o início da
operação do sistema [em julho de
1999]", disse Ludmer. A Folha
apurou que o Brasil está negociando preços mais baratos, que
devem ser anunciados em breve.
A Petrobras é sócia do gasoduto
Brasil-Bolívia, junto com as empresas Enron, a British Gas e a
Shell.
(LV)
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