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São Paulo, sexta-feira, 05 de setembro de 2003

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Gasoduto Brasil-Bolívia perde valor

DA REPORTAGEM LOCAL

O gasoduto Brasil-Bolívia, hoje subutilizado, deixará de ser uma das fontes essenciais de gás natural do Brasil, com a descoberta da reserva de 400 bilhões de m3 do combustível na bacia de Santos.
Paulo Ludmer, presidente da Abrace (associação dos grandes consumidores de energia), afirmou ontem que a nova reserva de gás descoberta pela Petrobras permitirá ao país acelerar o uso do gás natural.
"A nova reserva garantirá ao país serenidade nas negociações para a compra de gás da Bolívia, da Argentina, do Peru e de outros países que podem ser fornecedores, como a Venezuela", disse Ludmer. O gás da nova reserva, no entanto, deve começar a ser consumido por volta de 2007.
Atualmente, 13 milhões de m3 de gás passam pelo gasoduto Brasil-Bolívia, contra uma capacidade de 24 milhões de m3. Para indústrias brasileiras, o produto é caro. Para chegar até os fornos de empresas na Grande São Paulo, pode custar R$ 0,60 por m3, incluindo a taxa que os intermediadores cobram para trazê-lo.
"Os preços do gás trazido pelo gasoduto Brasil-Bolívia foram mal negociados desde o início da operação do sistema [em julho de 1999]", disse Ludmer. A Folha apurou que o Brasil está negociando preços mais baratos, que devem ser anunciados em breve.
A Petrobras é sócia do gasoduto Brasil-Bolívia, junto com as empresas Enron, a British Gas e a Shell. (LV)


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