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Governo quer agilizar a análise de transgênicos
Furlan diz que intenção é acabar com a fila comum de processos na CTNBio
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Embrapa está com pesquisas paradas devido à fila de processos em comissão
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PIRACICABA
O ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento)
anunciou ontem, em Piracicaba (SP), que o governo federal
vai acabar com a fila comum de
processos na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para tentar agilizar
a análise dos produtos transgênicos com fins comerciais.
Furlan disse que já conversou pessoalmente sobre as mudanças com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
As análises dos cultivos são
feitas pela CTNBio, órgão que
presta assessoramento na formulação, na atualização e na
implementação da Política Nacional de Biossegurança.
Segundo Furlan, a Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), por exemplo,
está com diversas pesquisas paradas por conta de uma fila de
processos na CTNBio.
"A CTNBio tinha uma agenda, e essa agenda era voltada a
partir de um critério de processos de antigüidade. O que nós
combinamos há pouco tempo
com diversos ministros envolvidos, e até por sugestão da ministra Marina Silva [Meio Ambiente], é dividir a pauta da
CTNBio em três itens."
Para Furlan, essa é uma reivindicação de diversos centros
de pesquisa e deve evitar que
haja uma fila comum de processos.
"Hoje, há uma reclamação de
todos os centros de pesquisa,
em particular da Embrapa, que
tem mais de cem projetos que
não pode levar adiante sem alteração prévia da CTNBio."
O atraso da CTNBio em aprovar o cultivo comercial de
transgênicos já havia sido alvo
de críticas do ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes
Pinto. Só estão autorizados no
Brasil os cultivos de dois produtos geneticamente modificados: algodão e soja -desenvolvidos por multinacionais.
Álcool
O ministro disse ainda que o
governo federal padronizará
em seis meses a produção de álcool (etanol) no país.
"Nós demos prioridade a essa
especificação porque hoje o setor perde com essa variação de
qualidade de produto e muitas
vezes enfrenta problemas de
barreiras de entrada em outros
países, além de prejudicar o
consumidor", disse.
"Nós fizemos um programa
de certificação de qualidade e
de padronização do setor de álcool e a gente espera que nos
próximos seis meses essa padronização e certificação esteja
pronta para ser implantada."
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