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Atividade exige investimento e especialização
DA REDAÇÃO
Apesar de ser uma atividade rentável, os produtores
têm de analisar bem antes de
participar do setor, diz José
Rubens Aguiar, gerente de
floricultura da Secretaria de
Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará.
Além de exigir investimentos e logística adequada,
é um mercado especializado.
"Não dá para colocar o produto debaixo do braço e ficar
à espera do comprador."
O produtor tem de avaliar
bem a região e o mercado onde está. No setor interno, as
cooperativas, órgãos estaduais e o Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas) são
fontes de informação. Já no
setor externo, a Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) e o
Ibraflor (Instituto Brasileiro
de Floricultura) atuam em
conjunto com programas como o Florabrasilis para auxiliar na busca de novos mercados externos e no aumento
das exportações.
A floricultura brasileira já
movimenta R$ 600 milhões
e as exportações devem atingir US$ 29 milhões neste
ano, segundo Opitz. As receitas externas devem crescer
de 6% a 7% neste ano. O país
exporta mudas, sementes,
bulbos, flores tropicais e flores prontas para o consumo.
O setor produtivo vem fazendo a parte dele, mas fora
das estufas os problemas se
avolumam. Opitz destaca o
excesso de burocracia nas
exportações, o alto custo dos
fretes e a legislação fitossanitária brasileira, atrasada em
relação à de outros países.
Apesar dos problemas internos, o Brasil começa a ter
o reconhecimento ao esforço
nacional de adequação às regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio, segundo Aguiar.
Prova disso é que o país
acaba de ser sede de uma
reunião técnica da União Internacional para Proteção
das Obtenções Vegetais, que
mantém e promove a proteção da propriedade intelectual de plantas, com o objetivo de estimular o desenvolvimento de novas variedades.
Neste mês, o setor realiza a
Expoflora 2006, a principal
exposição do setor, em Holambra (SP), cidade que concentra 40% da produção nacional.
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