São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Petrobras ganha 14,9% no período; ações de bancos também se valorizam com alta dos C-Bonds

Bolsa encerra a semana com alta de 6,2%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou a semana com valorização de 6,2%. Com uma alta de 1,31% ontem, o Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, fechou a 9.259 pontos e recuperou parte das perdas de 9% registradas na semana anterior.
O giro financeiro, no entanto, foi muito pequeno. Os negócios com ações no mercado doméstico movimentaram apenas R$ 340,441 milhões. O baixo volume financeiro faz com que analistas não se empolguem com as valorizações da Bolsa.
Além de funcionar com a perspectiva de que haverá um segundo turno para as eleições presidenciais, a Bovespa comemorou a a elevação na recomendação para papéis brasileiros anunciada pelo Merrill Lynch.
A ação ordinária da Petrobras foi a que obteve maior valorização na semana. O papel acumulou alta de 14,89%. A ação preferencial da petrolífera subiu 12,94% no período. Os papéis haviam se desvalorizado fortemente na semana passada. As ações do setor financeiro também tiveram um bom desempenho.
Bradesco PN acumulou alta de 13,80% nos últimos cinco dias, e Itaú PN subiu 11,98%.
A forte alta dos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, favoreceu os bancos, grandes detentores de títulos do governo. O C-Bond subiu 2,42% ontem e acumulou valorização de 13,6% na semana. Como os preços estavam muito baixos, diante das desconfianças dos investidores em relação ao futuro político do Brasil, ficaram atrativos. O Banco Central teria comprado o papel.
As ações do setor exportador acumularam desvalorização, por conta da queda do dólar. Na semana, Aracruz PNB caiu 8,56%, e Vale do Rio Doce PNA, 0,77%. Apenas oito ações do Ibovespa encerram o período em baixa.

Mercado futuro
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros caíram, acompanhando o comportamento do dólar. Os contratos mais negociados, para janeiro do ano que vem, passaram de 20,91% para 20,48%. No curto prazo, as taxas também caíram.
O fechamento do dólar no mercado futuro continuou abaixo do à vista. O contrato para novembro fechou com baixa de 1,22%, a R$ 3,542.


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