São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Bovespa foi a que mais caiu nas Américas na semana

Apesar de ter registrado uma pequena alta ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo foi a que mais caiu nos últimos três dias entre os países das Américas, segundo cálculos da Economática. Ao mesmo tempo, o real foi a única moeda que se valorizou nos mesmos três dias.
Nesses últimos três dias, a Bovespa acusa uma queda de 3,10%, enquanto a Bolsa da Argentina registrou uma alta de 1%; a da Venezuela, 1,9%; a do México, 0,72% e a da Colômbia, 0,64%. No vermelho, além da Bovespa, só fecharam a Bolsa dos Estados Unidos (Dow Jones), com uma baixa de 0,80%, e a do Peru, com 1% de queda.
Já o real sofreu uma valorização de 0,32% nesses três dias. Foi a única moeda que se valorizou em comparação às moedas dos seguintes países: Argentina, Venezuela, Chile, México, Colômbia e Peru.
"A Bolsa e a moeda no Brasil mantêm sempre uma relação inversa. Quando um sobe, o outro cai", diz Einar Rivero, da Economática.
A principal responsável pela queda da Bolsa nesses três dias foi a baixa sofrida pela Vale do Rio Doce. O preço da ação da mineradora já acumula uma queda de 11,65%, a maior desde o dia 14 de fevereiro de 2000, quando a ação da Vale caiu 15,51% em três dias.
Com essa queda, a Vale voltou a ser a segunda maior empresa em valor de mercado no país. Seu valor baixou para R$ 189 bilhões contra R$ 204,7 bilhões da Petrobras.
A ação da Petrobras também caiu nesses três dias, mas apenas 1,9%. O valor de mercado das duas empresas juntas -Vale e a Petrobras- acusa uma perda de R$ 37,4 bilhões.
São essas perdas que explicam a queda da Bolsa na semana. As duas companhias respondem por mais de 32% dos negócios na Bolsa.
Apesar desse comportamento negativo, os analistas acreditam na recuperação dos dois papéis nos próximos dias.

Estilista curitibano abre primeira loja nos Jardins, em SP

O estilista curitibano Jefferson Kulig, veterano da São Paulo Fashion Week -com nove edições no currículo-, acaba de abrir sua primeira loja, ontem.
O ponto escolhido foi a rua Bela Cintra, nos Jardins, em São Paulo. São três andares de loja, sendo um deles um showroom de suas coleções.
Kulig é conhecido principalmente por usar tecnologia em suas criações, como borracha nos tecidos.
Além de vender seus produtos em multimarcas do país, o estilista está em pontos-de-venda do exterior, em países como Espanha, Itália, Grécia, Estados Unidos, Bélgica e África do Sul.

TONELADA

A Plastivida (Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos) acaba de fechar uma parceria com o Carrefour, com o objetivo de coletar todo o isopor utilizado em 35 lojas da rede próximas a São Paulo. A expectativa é que o trabalho gere, de acordo com Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida, uma coleta de 220 toneladas do material por ano. "Isso é muito isopor. O material é muito leve", afirma Esmeraldo.

GOVERNANÇA
A Previ participará da oitava Mesa Latino Americana sobre Governança Corporativa, na Colômbia, nos dias 10 e 11, promovida pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Renato Chaves, diretor de participações do fundo, será debatedor do painel "O Papel dos Investidores Institucionais na Promoção da Governança Corporativa na AL".

DESENVOLVIMENTO
A ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) apresenta hoje, em Brasília, a representantes do governo, resultados de pesquisa sobre investimentos de empresas transnacionais em pesquisa e desenvolvimento. O estudo aponta os fatores determinantes para atrair investimentos e quais as condições do Brasil. As discussões com o governo serão levadas ao workshop empresarial, em novembro.

PROBLEMAS
O Banco Real vai dar início a uma campanha de mídia sobre sua postura para resolver os problemas que ocorrem no dia-a-dia da instituição. O banco afirma que pretende conhecer as ocorrências e resolvê-las. Serão investidos na campanha -que acontece de forma interna e externa- R$ 10 milhões. A idéia é conscientizar que os problemas devem ser resolvidos pelas equipes.

NOS TRILHOS
Dirigentes da italiana Giugiaro Design, uma das principais empresas do setor, estão de olho no mercado industrial brasileiro e vêm à Fiesp, na próxima quinta, se encontrar com empresários brasileiros de diversos setores. A empresa quer realizar parcerias com as nacionais, em especial as do setor ferroviário, com vistas a participar da viabilização do projeto Expresso Aeroporto e do Trem Bala.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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