São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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Bolsa sobe 0,5% à espera de indicadores americanos

Dados sobre o mercado de trabalho saem hoje

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em dia de cautela, a Bolsa de Valores de São Paulo reencontrou a rota de alta. Durante a maior parte do pregão, a Bovespa operou com ganhos e chegou a se valorizar em 1,63% em seu melhor momento. Mas acabou por fechar com alta menos expressiva, de 0,51%.
Os investidores, tanto no mercado local quanto no internacional, preferiram ser cautelosos ontem. Isso porque hoje o governo dos EUA divulgará o relatório do mercado de trabalho -importante sinalizador da saúde econômica do país.
O mercado acionário norte-americano também escapou de fechar no vermelho. O índice Dow Jones subiu 0,04%, e a Nasdaq, 0,15%.
Na Europa, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra mantiveram os juros básicos inalterados, como esperavam os analistas (leia abaixo). A Bolsa de Londres subiu 0,19%.
Segundo análise da consultoria Austin Rating, os dados do mercado de trabalho, ao lado dos do setor imobiliário, serão relevantes para a reunião do Fomc (o comitê do BC dos EUA que define os juros), que ocorrerá no fim deste mês. "Caso os indicadores continuem apresentando deterioração, pode ocorrer nova redução de 0,50 ponto nos juros americanos", avalia a consultoria.
Em 18 de setembro, o Fomc reduziu os juros de 5,25% para 4,75% anuais e animou as Bolsas de Valores pelo mundo, com muitas praças financeiras recuperando as perdas sofridas com a crise do setor de crédito imobiliário dos EUA, especialmente no mês de agosto.
A Bovespa não teve um desempenho melhor ontem porque as ações da Vale do Rio Doce voltaram a recuar. Depois de subirem expressivamente nas últimas semanas, os papéis da empresa foram afetados por processo de realização de lucros -investidores venderam o papel para embolsar os ganhos conseguidos em pouco tempo.
No pregão de ontem, a ação preferencial "A" da Vale foi a mais negociada, ao representar 23% de todas as operações feitas. O papel recuou 2,73%.
O dólar caiu 0,76% e encerrou o pregão a R$ 1,826.
Com o resultado da produção industrial brasileira de agosto, que subiu 1,3% (leia à pág. B3), bem acima das expectativas, os investidores ficaram menos otimistas em relação à possibilidade de o Copom reduzir a taxa básica Selic em sua próxima reunião, nos dias 16 e 17. A Selic está hoje em 11,25% ao ano.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos DI (Depósito Interfinanceiro) tiveram pequenas altas no pregão de ontem.
No contrato com resgate programado para o fim do mês, a taxa foi de 11,06% para 11,07%. No DI que vence na virada do ano, a taxa projetada foi de 11,02% para 11,06%.


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