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Bolsa sobe 0,5% à espera de indicadores americanos
Dados sobre o mercado de trabalho saem hoje
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em dia de cautela, a Bolsa de
Valores de São Paulo reencontrou a rota de alta. Durante a
maior parte do pregão, a Bovespa operou com ganhos e chegou
a se valorizar em 1,63% em seu
melhor momento. Mas acabou
por fechar com alta menos expressiva, de 0,51%.
Os investidores, tanto no
mercado local quanto no internacional, preferiram ser cautelosos ontem. Isso porque hoje o
governo dos EUA divulgará o
relatório do mercado de trabalho -importante sinalizador
da saúde econômica do país.
O mercado acionário norte-americano também escapou de
fechar no vermelho. O índice
Dow Jones subiu 0,04%, e a
Nasdaq, 0,15%.
Na Europa, o Banco Central
Europeu e o Banco da Inglaterra mantiveram os juros básicos
inalterados, como esperavam
os analistas (leia abaixo). A Bolsa de Londres subiu 0,19%.
Segundo análise da consultoria Austin Rating, os dados do
mercado de trabalho, ao lado
dos do setor imobiliário, serão
relevantes para a reunião do
Fomc (o comitê do BC dos EUA
que define os juros), que ocorrerá no fim deste mês. "Caso os
indicadores continuem apresentando deterioração, pode
ocorrer nova redução de 0,50
ponto nos juros americanos",
avalia a consultoria.
Em 18 de setembro, o Fomc
reduziu os juros de 5,25% para
4,75% anuais e animou as Bolsas de Valores pelo mundo,
com muitas praças financeiras
recuperando as perdas sofridas
com a crise do setor de crédito
imobiliário dos EUA, especialmente no mês de agosto.
A Bovespa não teve um desempenho melhor ontem porque as ações da Vale do Rio Doce voltaram a recuar. Depois de subirem expressivamente nas
últimas semanas, os papéis da
empresa foram afetados por
processo de realização de lucros -investidores venderam o
papel para embolsar os ganhos
conseguidos em pouco tempo.
No pregão de ontem, a ação
preferencial "A" da Vale foi a
mais negociada, ao representar
23% de todas as operações feitas. O papel recuou 2,73%.
O dólar caiu 0,76% e encerrou o pregão a R$ 1,826.
Com o resultado da produção
industrial brasileira de agosto,
que subiu 1,3% (leia à pág. B3),
bem acima das expectativas, os
investidores ficaram menos
otimistas em relação à possibilidade de o Copom reduzir a taxa básica Selic em sua próxima
reunião, nos dias 16 e 17. A Selic
está hoje em 11,25% ao ano.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos
DI (Depósito Interfinanceiro)
tiveram pequenas altas no pregão de ontem.
No contrato com resgate programado para o fim do mês, a
taxa foi de 11,06% para 11,07%.
No DI que vence na virada do
ano, a taxa projetada foi de
11,02% para 11,06%.
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