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Clarín busca US$ 560 mi com a venda de ações
Oferta inicial será de 50 mi de títulos em Bolsas
DE BUENOS AIRES
O grupo Clarín, maior grupo
editorial da Argentina, fará
uma oferta pública inicial de 50
milhões de ações nas Bolsas de
Valores de Londres e de Buenos Aires. O montante equivale
a 17,5% do capital social da empresa. Com a oferta, o Clarín espera arrecadar de US$ 450 milhões a US$ 560 milhões.
A intenção inicial da empresa
é vender 10 milhões de ações
em Buenos Aires e 40 milhões
em Londres, mas se o interesse
dos investidores argentinos for
maior, a oferta pode aumentar.
"Essa operação tem o objetivo de aumentar a força financeira da companhia e colocá-la
numa posição favorável para
perseguir oportunidades de
crescimento futuras que beneficiem todos os acionistas", informou o executivo-chefe da
empresa, Hector Magnetto.
O grupo Clarín tem, entre
outros ativos, o jornal de mesmo nome, líder de vendas na
Argentina, o canal 13, vice-líder
na televisão aberta argentina, e
a Cablevisión, maior operadora
de TV a cabo do país. O faturamento bruto do grupo no primeiro semestre deste ano foi de
US$ 645 milhões.
Até ontem, 82% de suas
ações pertenciam ao grupo diretor formado por Magnetto,
Ernestina Noble, José Aranda e
Lucio Pagliaro; os outros 18%
pertencem ao banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, que, em 1999, pagou US$ 500 milhões por essa participação.
Desde então, o Goldman
Sachs já tinha a intenção de disponibilizar essas ações na Bolsa, mas a crise econômica argentina de 2001 e 2002 atrasou
os planos. Com a oferta pública,
o banco reduzirá sua participação no grupo Clarín a 10%.
A operação de oferta das
ações do grupo será coordenada pelo Goldman Sachs e pelo
Credit Suisse e será concluída
no próximo dia 18.
Francisco Prack, economista-chefe do grupo SBS em Buenos Aires, prevê que a operação
dará US$ 550 milhões ao Clarín. Ele diz que o dinheiro pode
ser usado para ajudar o Clarín a
adquirir ativos que lhe permitam oferecer serviços combinados de internet, TV a cabo e telefonia a partir de 2008.
A oferta pública inicial do
Clarín será apenas a sétima
operação desse tipo na Bolsa de
Buenos Aires na última década,
contra 88 na Bovespa. O presidente do organismo, Adelmo
Gabbi, disse que espera que a
operação do Clarín fomente
novas ofertas públicas no curto
prazo.
(RODRIGO RÖTZSCH)
Com a Bloomberg
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