|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Missão do FMI considera prudente
decisão de elevar as taxas de juros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A política de juros conduzida
pelo Banco Central foi elogiada
ontem por representantes do FMI
(Fundo Monetário Internacional). O apoio foi dado pelo vice-diretor do FMI para o Hemisfério
Ocidental, Charles Collyns, que se
disse satisfeito com as decisões tomadas recentemente pelo BC.
"Estamos satisfeitos com o fato
de o Banco Central continuar seguindo uma política monetária
apropriadamente prudente", afirmou Collyns, que chegou ontem a
Brasília para mais uma revisão do
atual acordo do Brasil com o FMI.
Nos últimos dois meses, o BC
elevou os juros em duas oportunidades. No último aumento, a taxa
Selic passou de 16,25% ao ano para 16,75%. A alta de 0,5 ponto percentual surpreendeu analistas do
mercado financeiro e desagradou
a integrantes do governo.
Os elogios à política de juros foram dados ontem por Collyns logo após seu encontro com o presidente do BC, Henrique Meirelles.
Segundo o representante do FMI,
a reunião serviu para discutir a
evolução da economia brasileira.
Além de Meirelles, também participaram do encontro os demais
membros da diretoria do BC.
"Nós estamos com uma impressão muito favorável sobre a economia brasileira", afirmou
Collyns. A equipe chegou anteontem. Em São Paulo, se encontraram com representantes do setor
privado. Eles ficam no país até a
semana que vem.
A cada três meses, uma equipe
do FMI vem ao Brasil para verificar o cumprimento das metas
previstas no acordo que, desde
1998, já foi renovado três vezes. A
principal meta se refere à economia que o setor público tem que
fazer para pagar os juros da sua
dívida. Entre janeiro e setembro,
o superávit primário ficou em R$
69,771 bilhões, bem acima dos R$
56,9 bilhões previstos no acordo.
Aprovada a revisão, o governo
brasileiro terá acesso a uma linha
de crédito de aproximadamente
US$ 1,4 bilhão. O governo brasileiro afirma, porém, que não tem
a intenção de sacar esses valores.
Na última renovação, o FMI se
comprometeu a liberar cerca de
US$ 15 bilhões ao Brasil, em várias
parcelas, desde que cumpridas as
metas acertadas.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Mercado financeiro: Boas notícias fazem dólar fechar a R$ 2,819 Índice
|