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MERCADO FINANCEIRO
Queda do petróleo e otimismo com definição eleitoral nos EUA levam moeda ao menor valor desde janeiro
Boas notícias fazem dólar fechar a R$ 2,819
DA REPORTAGEM LOCAL
Petróleo em baixa, eleição definida rapidamente nos Estados
Unidos, Bolsas em alta nos principais mercados: com esse cenário
animador, o dólar recuou a seu
menor valor desde janeiro. Ontem, a moeda fechou vendida a
R$ 2,819, em baixa de 0,35%.
Neste ano, o dólar acumula desvalorização de 2,86% diante do
real. Somente nos primeiros dias
deste mês, a baixa é de 1,40%.
Analistas avaliam que dificilmente a moeda se manterá abaixo
dos R$ 2,82, pois a pressão compradora nesse nível é grande. Para
a moeda norte-americana continuar em trajetória de queda, novas captações de recursos no exterior seriam necessárias.
Com a queda do dólar, o retorno dos fundos cambiais neste ano
é desanimador. Esse tipo de aplicação chegou ao fim de outubro
com rentabilidade média acumulada de apenas 1,36% no ano.
Isso tem feito com que os investidores saiam dessa aplicação. No
ano, os saques nos fundos cambiais atrelados ao dólar superam
os depósitos em R$ 1,39 bilhão.
Ontem, dado o bom clima do
mercado, houve operadores que
chegaram a falar na possibilidade
de o governo estar preparando
uma nova emissão no exterior.
Os títulos da dívida externa brasileira fecharam em alta. O Global
40 subiu 0,70%. O C-Bond fechou
com valorização de 0,30%. Às 19h,
o risco-país registrava baixa de
1,97%, aos 448 pontos.
A Bovespa fechou com valorização de 0,93%. As ações do setor de
telecomunicações puxaram as altas do pregão.
A ação preferencial da Net subiu
7,14%. O pape PN da Tele Leste
Celular teve ganho de 3,07%, e o
papel ON (ordinário, com direito
a voto) da TIM Participações registrou elevação de 2,76%.
Integração latina
Na segunda-feira, a Bovespa e a
Bolsa Mexicana de Valores irão
formalizar um convênio entre as
duas. Essa é a primeira iniciativa
para a concretização da integração regional dos mercados de capitais da América Latina.
As projeções dos contratos DI
(Depósito Interfinanceiro) pouco
oscilaram ontem no pregão da
BM&F. Os investidores já estão
posicionados à espera de que haverá novamente neste mês uma
elevação de 0,5 ponto percentual
na taxa básica de juros. No mês
passado, o Copom subiu a taxa de
16,25% para 16,75% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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