São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Queda do petróleo e otimismo com definição eleitoral nos EUA levam moeda ao menor valor desde janeiro

Boas notícias fazem dólar fechar a R$ 2,819

DA REPORTAGEM LOCAL

Petróleo em baixa, eleição definida rapidamente nos Estados Unidos, Bolsas em alta nos principais mercados: com esse cenário animador, o dólar recuou a seu menor valor desde janeiro. Ontem, a moeda fechou vendida a R$ 2,819, em baixa de 0,35%.
Neste ano, o dólar acumula desvalorização de 2,86% diante do real. Somente nos primeiros dias deste mês, a baixa é de 1,40%.
Analistas avaliam que dificilmente a moeda se manterá abaixo dos R$ 2,82, pois a pressão compradora nesse nível é grande. Para a moeda norte-americana continuar em trajetória de queda, novas captações de recursos no exterior seriam necessárias.
Com a queda do dólar, o retorno dos fundos cambiais neste ano é desanimador. Esse tipo de aplicação chegou ao fim de outubro com rentabilidade média acumulada de apenas 1,36% no ano.
Isso tem feito com que os investidores saiam dessa aplicação. No ano, os saques nos fundos cambiais atrelados ao dólar superam os depósitos em R$ 1,39 bilhão.
Ontem, dado o bom clima do mercado, houve operadores que chegaram a falar na possibilidade de o governo estar preparando uma nova emissão no exterior.
Os títulos da dívida externa brasileira fecharam em alta. O Global 40 subiu 0,70%. O C-Bond fechou com valorização de 0,30%. Às 19h, o risco-país registrava baixa de 1,97%, aos 448 pontos.
A Bovespa fechou com valorização de 0,93%. As ações do setor de telecomunicações puxaram as altas do pregão.
A ação preferencial da Net subiu 7,14%. O pape PN da Tele Leste Celular teve ganho de 3,07%, e o papel ON (ordinário, com direito a voto) da TIM Participações registrou elevação de 2,76%.

Integração latina
Na segunda-feira, a Bovespa e a Bolsa Mexicana de Valores irão formalizar um convênio entre as duas. Essa é a primeira iniciativa para a concretização da integração regional dos mercados de capitais da América Latina.
As projeções dos contratos DI (Depósito Interfinanceiro) pouco oscilaram ontem no pregão da BM&F. Os investidores já estão posicionados à espera de que haverá novamente neste mês uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. No mês passado, o Copom subiu a taxa de 16,25% para 16,75% anuais. (FABRICIO VIEIRA)


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