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Foco
É preciso enfrentar a crise como um "médico responsável", afirma Lula
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TUCURUÍ (PA)
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva disse ontem,
em Tucuruí (PA), que o governo deve enfrentar a crise
financeira internacional como um "médico responsável" trataria de um paciente
com doença grave, medicando-o corretamente e sem fazer "apologia da morte".
Lula afirmou que enfrenta
crises desde o dia em que
nasceu e que, agora, "como
presidente da República e líder de um governo", não trabalha "para vender um otimismo exagerado, mas tampouco para vender desgraça
antecipada".
"O meu trabalho e o trabalho do governo, nesse momento, é evitar que essa crise
cause, aqui no Brasil, os
transtornos que alguns
maus brasileiros querem
que cause para poderem ter
razão", disse o presidente.
Ele disse que a crise "pode
trazer percalços momentâneos" e que alguns setores
exportadores (sem dizer
quais) perderão "um pouco".
"Temos que procurar novos mercados, mas temos
um potencial interno que
poucos países do mundo
têm", disse. "Temos uma sociedade ávida por comprar."
Lula voltou a dizer que o
governo não vai parar obras
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que
trabalhará com os empresários "para que eles mantenham as suas obras."
Para Lula, o "vendaval" na
economia mundial deve começar a diminuir já após a
definição das eleições nos
EUA. "Não é possível que
quem ganhar deixe essa crise
perdurar um ano. A economia não agüenta."
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