DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancários de São Paulo podem paralisar agências e fazer manifestações nos bancos Itaú e Unibanco, caso as duas instituições não atendam a reivindicação da categoria de negociar manutenção do emprego para os funcionários dos dois bancos.
Após o anúncio de fusão entre as duas instituições, o Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT) pediu reunião com representantes do RH dos dois bancos para discutir o assunto. "O Itaú já nos deu retorno e devemos nos reunir na próxima semana. Do Unibanco ainda não obtivemos resposta", diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do sindicato.
Cerca de 800 bancários e metalúrgicos fizeram protesto ontem, em frente à sede do banco Real, na avenida Paulista, onde fica o escritório do presidente da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Fábio Barbosa.
"Foi um desrespeito ele não ter nos atendido. Só queríamos entregar uma carta em que pedimos que os bancos liberem recursos para facilitar o acesso ao crédito, e, dessa forma, contribuam para o crescimento do país e para a manutenção dos empregos", diz Marcolino.
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, diz que, em algumas fábricas da região, já há pressão dos bancos para aumentar os juros do empréstimo consignado e taxas de serviço. "Se os aumentos ocorrerem, haverá protestos. Queremos que os bancos disponibilizem os milhões recebidos com as mudanças no compulsório, para financiar os consumidores." (CR)


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