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Crise interna cancela negócio de R$ 2,7 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
O impacto da desvalorização do real produziu mais do
que um rombo no balanço da
Aracruz. Um dos maiores negócios do ano, a fusão com a
VCP (Votorantim Celulose e
Papel) foi cancelada devido à
crise interna na companhia.
Em agosto, a VCP anunciou ao mercado acordo com
a Arapar (uma das sócias da
Aracruz) para a aquisição de
28% das ações ordinárias
controladas pela holding.
O negócio, de R$ 2,7 bilhões, previa a transferência
do controle da companhia
para o Grupo Votorantim ou
uma parceria com a Arainvest, outro sócio sob o mando do banco Safra.
Em outubro, a Votorantim
e a Arainvest anunciaram
acordo de fusão das operações da Aracruz e da VCP para a formação da maior companhia de celulose de fibra
curta do mundo. Poucos dias
depois, com o agravamento
da crise financeira mundial,
o real sofreu forte desvalorização cambial.
Empresas como Aracruz,
Sadia e Votorantim anunciaram grandes perdas provocadas por exposição a instrumentos financeiros que as
protegiam da valorização do
real ante o dólar, mas não na
situação inversa: a desvalorização da moeda local.
No dia 17 de outubro, em
conferência com analistas, o
diretor-presidente da VCP,
José Luciano Duarte Penido,
anunciou o cancelamento
definitivo da operação.
Penido chegou a dizer que
a fusão com a Aracruz ainda
interessa à empresa, mas para retomar o negócio a prerrogativa seria fazer isso em
"outras bases" e com "outros
valores".
(AB)
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