São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Amazônia Legal terá estudo sobre logística

Organizadas pela CNI, as federações das indústrias dos Estados que compõem a Amazônia Legal se uniram para desenvolver um estudo estratégico sobre a logística da região.
O objetivo do trabalho é definir qual seria a infraestrutura necessária para criar um sistema de transporte mais eficiente no escoamento da produção.
A meta é reduzir em R$ 10 bilhões ao ano o custo de logística da Amazônia Legal, segundo Renato Pavan, presidente da consultoria Macrologística, contratada para fazer o estudo.
O projeto avaliará as origens e os destinos de produtos que circulam por rodovias, ferrovias e hidrovias desses Estados e calcular o volume de produção estimado para os próximos 20 anos. O trabalho abrange eixos como o polo de Manaus, o agronegócio e a mineração, de setores que movimentam cerca de 95% da economia da região.
"O custo de logística no Brasil é muito alto, chega a 12,4% do PIB. Nos EUA, é de apenas 8%", diz. Na Amazônia Legal, quase todo o transporte é feito por rodovias mal conservadas. A região se beneficiaria se as hidrovias fossem mais bem aproveitadas. "A hidrelétrica de Estreito, por exemplo, deveria ter eclusas", acrescenta.
A primeira etapa do estudo, de mapeamento das cadeias e identificação dos gargalos, deve ser finalizada em janeiro.
"Vamos verificar quais destes projetos podem ser realizados pela própria iniciativa privada e o que pode ser complementado pelo governo."

O LUCRO E O DIABO

"O lucro não é diabólico." Foi o que disse o principal executivo do banco Barclays, John Varley, na noite de terça na igreja St. Martin-in-the-Fields, em Londres.
A recompensa com altos salários a dirigentes de bancos não é conflitante com os valores cristãos, afirma Varley, 53, católico. O presidente do banco recebeu US$ 1,77 milhão de remuneração e nenhum bônus em 2008.
Varley é o terceiro executivo de instituições financeiras que defende os bancos em igrejas inglesas nas últimas semanas. Antes dele, Brian Griffiths, do Goldman Sachs, e Ken Costa, da Lazard Internacional, já tinham se manifestado.
O objetivo dos executivos é aplacar a ira da opinião pública contra instituições financeiras, que, segundo os críticos, criaram desigualdade social no Reino Unido.

FUSÃO

Os contratos de fusões e aquisições da América do Norte e da Europa Ocidental, que representaram 76% do volume mundial de negócios em 2008, agora são 54%. Por outro lado, Ásia, África e Américas Central e do Sul, que representavam apenas 8,6% do volume em 2008, neste ano superam 15%. Os dados são da rede M&A International, que reúne 44 empresas de assessoria financeira em fusões e aquisições, presente em 39 países, da qual o brasileiro Grupo Stratus faz parte.

FÉRIAS EM MARÇO
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai tirar férias de 15 dias em março do ano que vem, para decidir então se será ou não candidato nas próximas eleições e a que cargo. Foi o que o próprio Meirelles anunciou ontem em Londres, na Inglaterra.

PAZ NA VALE
Lula, no discurso de inauguração da sede londrina do BNDES, elogiou Roger Agnelli, presidente da Vale, que ouviu, sorriu e assentiu com a cabeça. Agnelli jura que, com o presidente, nunca teve nenhuma dificuldade. Já com o entorno dele, "nunca se sabe".

REMÉDIO 1
O terceiro trimestre trouxe boas notícias para o setor farmacêutico. A EMS expandiu em 23,5% seu faturamento no Brasil em relação ao mesmo período de 2008. A projeção da empresa é superar neste ano em 25% o resultado de 2008, quando faturou R$ 2 bilhões. Já a Lilly Brasil ampliou em 6% sua receita no terceiro trimestre deste ano. Em todo o mundo, a farmacêutica faturou US$ 5,5 bilhões no período.

REMÉDIO 2
Outra farmacêutica que apresentou desempenho positivo foi a Roche, com expansão de 11% no faturamento mundial entre janeiro e setembro. A Merck também ampliou em 2,7% sua receita global no terceiro trimestre, para 1,9 bilhão. Roche e Merck não abriram o desempenho no Brasil em seus balanços.

SORTEIO
O primeiro consórcio para aquisição de veículos de luxo no Brasil será oferecido pelo HSBC. Serão financiados carros entre R$ 119,5 mil e R$ 234 mil, das marcas Audi, BMW, Mercedes-Benz, Mini Cooper e Volkswagen. Com prazo de pagamento de cem meses, o produto terá taxa de administração de 10% e seguro de vida gratuito.

DESIGN
Um evento para promover negócios no setor. Quase 40 escritórios de design já confirmaram participação no evento que será realizado nos dias 16 e 17, na sede da Fecomércio do Rio.

CONSELHEIRO
Mailson da Nóbrega foi nomeado diretor estatutário da Pirelli para exercer a função de conselheiro econômico da empresa.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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