|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Amazônia Legal terá estudo sobre logística
Organizadas pela CNI, as federações das indústrias dos Estados que compõem a Amazônia Legal se uniram para desenvolver um estudo estratégico
sobre a logística da região.
O objetivo do trabalho é definir qual seria a infraestrutura
necessária para criar um sistema de transporte mais eficiente no escoamento da produção.
A meta é reduzir em R$ 10 bilhões ao ano o custo de logística
da Amazônia Legal, segundo
Renato Pavan, presidente da
consultoria Macrologística,
contratada para fazer o estudo.
O projeto avaliará as origens
e os destinos de produtos que
circulam por rodovias, ferrovias e hidrovias desses Estados
e calcular o volume de produção estimado para os próximos
20 anos. O trabalho abrange eixos como o polo de Manaus, o
agronegócio e a mineração, de
setores que movimentam cerca
de 95% da economia da região.
"O custo de logística no Brasil é muito alto, chega a 12,4%
do PIB. Nos EUA, é de apenas
8%", diz. Na Amazônia Legal,
quase todo o transporte é feito
por rodovias mal conservadas.
A região se beneficiaria se as hidrovias fossem mais bem aproveitadas. "A hidrelétrica de Estreito, por exemplo, deveria ter
eclusas", acrescenta.
A primeira etapa do estudo,
de mapeamento das cadeias e
identificação dos gargalos, deve
ser finalizada em janeiro.
"Vamos verificar quais destes projetos podem ser realizados pela própria iniciativa privada e o que pode ser complementado pelo governo."
O LUCRO
E O DIABO
"O lucro não é diabólico." Foi o que disse o
principal executivo do
banco Barclays, John
Varley, na noite de terça
na igreja St. Martin-in-the-Fields, em Londres.
A recompensa com altos salários a dirigentes
de bancos não é conflitante com os valores
cristãos, afirma Varley,
53, católico. O presidente do banco recebeu US$
1,77 milhão de remuneração e nenhum bônus
em 2008.
Varley é o terceiro
executivo de instituições
financeiras que defende
os bancos em igrejas inglesas nas últimas semanas. Antes dele, Brian
Griffiths, do Goldman
Sachs, e Ken Costa, da
Lazard Internacional, já
tinham se manifestado.
O objetivo dos executivos é aplacar a ira da
opinião pública contra
instituições financeiras,
que, segundo os críticos,
criaram desigualdade social no Reino Unido.
FUSÃO
Os contratos de fusões e aquisições da América do Norte e da Europa Ocidental, que representaram 76% do volume mundial de negócios em 2008, agora são 54%. Por
outro lado, Ásia, África e Américas Central e do Sul, que
representavam apenas 8,6% do volume em 2008, neste
ano superam 15%. Os dados são da rede M&A International, que reúne 44 empresas de assessoria financeira em
fusões e aquisições, presente em 39 países, da qual o brasileiro Grupo Stratus faz parte.
FÉRIAS EM MARÇO
O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, vai tirar férias de 15
dias em março do ano que
vem, para decidir então se
será ou não candidato nas
próximas eleições e a que
cargo. Foi o que o próprio
Meirelles anunciou ontem em Londres, na Inglaterra.
PAZ NA VALE
Lula, no discurso de
inauguração da sede londrina do BNDES, elogiou
Roger Agnelli, presidente
da Vale, que ouviu, sorriu
e assentiu com a cabeça.
Agnelli jura que, com o
presidente, nunca teve
nenhuma dificuldade. Já
com o entorno dele, "nunca se sabe".
REMÉDIO 1
O terceiro trimestre trouxe boas notícias para o setor
farmacêutico. A EMS expandiu em 23,5% seu faturamento no Brasil em relação
ao mesmo período de 2008.
A projeção da empresa é superar neste ano em 25% o resultado de 2008, quando faturou R$ 2 bilhões. Já a Lilly
Brasil ampliou em 6% sua
receita no terceiro trimestre
deste ano. Em todo o mundo,
a farmacêutica faturou US$
5,5 bilhões no período.
REMÉDIO 2
Outra farmacêutica que
apresentou desempenho positivo foi a Roche, com expansão de 11% no faturamento mundial entre janeiro e setembro. A Merck também ampliou em 2,7% sua
receita global no terceiro trimestre, para 1,9 bilhão.
Roche e Merck não abriram
o desempenho no Brasil em
seus balanços.
SORTEIO
O primeiro consórcio para
aquisição de veículos de luxo
no Brasil será oferecido pelo
HSBC. Serão financiados
carros entre R$ 119,5 mil e
R$ 234 mil, das marcas Audi,
BMW, Mercedes-Benz, Mini
Cooper e Volkswagen. Com
prazo de pagamento de cem
meses, o produto terá taxa
de administração de 10% e
seguro de vida gratuito.
DESIGN
Um evento para promover
negócios no setor. Quase 40
escritórios de design já confirmaram participação no
evento que será realizado
nos dias 16 e 17, na sede da
Fecomércio do Rio.
CONSELHEIRO
Mailson da Nóbrega foi
nomeado diretor estatutário
da Pirelli para exercer a função de conselheiro econômico da empresa.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
Próximo Texto: Governo prepara medidas para conter entrada de dólar Índice
|